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Bradesco eleva margens e tarifas e protege lucro no 2º tri

O valor referente ao segundo trimestre teve uma alta de 18,4%


	Bradesco: O lucro líquido referente ao segundo trimestre teve uma alta de 18,4%
 (Bloomberg/Adriano Machado)

Bradesco: O lucro líquido referente ao segundo trimestre teve uma alta de 18,4% (Bloomberg/Adriano Machado)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 09h07.

São Paulo - Margens maiores com operações de crédito e uma alta robusta das receitas com tarifas garantiram aumento do lucro do Bradesco no segundo trimestre, compensando o fraco avanço do crédito e uma alta leve da inadimplência.

O segundo maior banco privado do país informou nesta quinta-feira que seu lucro líquido do período somou 4,473 bilhões de reais, alta de 18,4 por cento ante igual etapa de 2014.

Excluindo efeitos extraordinários, o lucro foi de 4,504 bilhões de reais, alta anual também de 18,4 por cento e pouco acima da previsão média de analistas consultados pela Reuters, de 4,339 bilhões de reais.

O trabalho bem sucedido do banco em cobrar taxas maiores nos empréstimos fez a receita com juros crescer 13,9 por cento na comparação anual, a 13,4 bilhões de reais. A margem líquida de juros subiu pelo quinto trimestre seguido na base sequencial.

Com isso, o Bradesco revisou para cima sua previsão de crescimento de receita com juros em 2015, de 6 a 10 para 10 a 14 por cento.

Isso mesmo com a carteira de crédito tendo crescido apenas 6,5 por cento no espaço de 12 meses encerrado em junho, a 463,4 bilhões de reais, com foco em linhas menos arriscadas, como grandes empresas (+10,7 por cento), consignado (+14,1 por cento) e imobiliário (+26,4 por cento).

Em outra frente, o banco viu sua receita com tarifas, como as de conta corrente e de cartões de crédito evoluírem 14,8 por cento na comparação ano a ano, para 6,12 bilhões de reais.

O Bradesco também conseguiu controlar suas despesas administrativas, que subiram 7,4 por cento (abaixo da inflação) ano a ano, para 7,54 bilhões de reais.

A despesa com provisão para perdas, de 3,55 bilhões de reais, foi 13 por cento maior sobre um ano antes, mas recuou 0,8 por cento na base sequencial, sinalizando que o ciclo de deterioração da carteira pode estar próximo do fim.

De todo modo, o índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,7 por cento no trimestre, alta de 0,2 ponto percentual sobre um ano antes e o maior nível em dois anos.

Texto atualizado às 9h07

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