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Nike divulga resultado e deve perder vendas, mas investidores não ligam

Cotações da gigante de material esportivo sobem 80% em seis meses com crescimento de receitas em canais digitais, reduzindo dependência de redes varejistas

 (Foc Kan/WireImage/Getty Images)

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MS

Marcelo Sakate

Publicado em 22 de setembro de 2020 às 06h00.

A Nike saiu vencedora no mundo dos negócios na pandemia. Ao menos até o momento. Esse é o veredicto de investidores e de analistas de mercado, que deve ser corroborado nesta terça-feira, 22, com a divulgação dos resultados do seu primeiro trimestre fiscal, encerrado em 31 de agosto. Os números devem ser conhecidos no fim da tarde, depois do fechamento dos mercados nos Estados Unidos.

Uma das maiores fabricantes de artigos esportivos do mundo teve que fechar lojas mundo afora, incluindo no Brasil, perdeu vendas (a queda foi de 38% no trimestre até maio), encerrou contratos com grandes redes varejistas americanas multimarcas, como a Zappos, mas nada disso importa: o mercado estará atento ao desempenho das vendas em canais digitais e à sua estratégia de chegar ao consumidor diretamente, sem intermediários.

No trimestre anterior, encerrado em maio, as vendas online cresceram 75% e passaram a responder por 30% das vendas totais. Trata-se de uma fatia elevada que, antes da pandemia, a companhia esperava alcançar apenas em 2023.

Como reflexo da estratégia, as ações da Nike dispararam desde o fundo do poço em 23 de março. A alta acumulada chega a 80% nos últimos seis meses, o que fez a cotação atingir o maior patamar da história da companhia do swoosh (sua marca).

As ações encerraram a segunda-feira negociadas a 113,37 dólares na Bolsa de Nova York, mas diferentes bancos colocaram cotações acima de 120 dólares como preço-alvo. E esse valor pode subir a depender dos resultados que serão divulgados.

Analistas aguardam também por números positivos de vendas de tênis e outros produtos que levam a marca de Michael Jordan, como efeito rebote do sucesso do documentário The Last Dance (Arremesso Final), exibido pela Netflix no primeiro semestre. A produção em dez episódios retratou a carreira de Jordan e a saga do seu último título na NBA pelo Chicago Bulls na temporada 1997-98. Foi campeã global de audiência e relevância nas redes.

 

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