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Natura cresce menos por desaceleração da economia e problemas operacionais

Apesar da alta no lucro e na receita, companhia afirma que resultados deixaram a desejar

Natura Ekos: linha é uma das principais da empresa (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 19h03.

São Paulo – Apesar da alta no lucro líquido de 5,2% sobre o terceiro trimestre do ano passado, aos 201,6 milhões de reais, a Natura afirma que o desempenho poderia ser melhor. São dois os motivos principais que impediram um crescimento maior da companhia: desaceleração da economia brasileira e problemas operacionais da empresa.

“O que temos visto é um mercado crescendo menos. Até julho cresceu 9% contra 13% no ano passado”, disse Roberto Pedote, vice-presidente de Finanças, Jurídico e Tecnologia da Informação da Natura, em teleconferência com a imprensa nesta quarta-feira. “Uma hipótese é que o aumento real do salário mínimo e a alta de custos da cesta básica concorreram com o bolso dos consumidores.”

A Natura continua com o plano de investimento em infraestrutura, sistemas e logística, com a inauguração de novos centros de distribuição, como o recém-inaugurado em São José dos Pinhais (PR). Até agora, segundo Pedote, a empresa investiu 250 milhões de reais – 80% a mais do que o mesmo períodos de 2010.

E vai ser preciso ter atenção redobrada. No terceiro trimestre, a companhia enfrentou problemas com a falta de produtos. Isso aconteceu por problemas no sistema de capturação de pedidos. “Houve um volume de produtos não disponíveis para venda acima da média histórica”, diz Penedo, sem detalhar o valor da média histórica nem do atual. Em comunicado, a empresa disse que todos os esforços já foram concentrados para minimizar os problemas.

Outro ponto que a Natura pretende melhorar é o tempo médio de entrega de produtos para as atuais 1,131 milhão de consultoras no Brasil (uma alta de 14,9% na comparação trimestral). Atualmente os produtos demoram cinco dias para chegar às consultoras. Em algumas cidades, como São Paulo, o tempo é menor – de um dia para o outro a entrega acontece. “Já no ano que vem vamos diminuir esse prazo e todo o processo se estenderá por dois ou três anos até diminuir a média nacional”, diz Pedote.


Força no exterior – Se no Brasil os resultados ficaram aquém das expectativas da Natura, a empresa comemora seu desempenho na América Latina. Os investimentos continuam com foco na Argentina, Colômbia e México. “Esses países são suficientes para atender a região”, diz Pedote. “As operações internacionais representaram quase 10% do total.” O foco da Natura será continuar com a produção local nos países da região.

As chamadas “operações em consolidação” (Argentina, Chile e Peru) apresentaram crescimento de 40,3% na receita em moeda local. “O resultado operacional segue em evolução, alcançando 9,4 milhões de reais” em comparação com 2,8 milhões de reais no terceiro trimestre de 2010”, afirma a empresa. Já nas “operações em implantação” (México e Colômbia), a receita apresentou crescimento de 56,6% no trimestre. No exterior a Natura tem 230.000 consultoras

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São Paulo – Apesar da alta no lucro líquido de 5,2% sobre o terceiro trimestre do ano passado, aos 201,6 milhões de reais, a Natura afirma que o desempenho poderia ser melhor. São dois os motivos principais que impediram um crescimento maior da companhia: desaceleração da economia brasileira e problemas operacionais da empresa.

“O que temos visto é um mercado crescendo menos. Até julho cresceu 9% contra 13% no ano passado”, disse Roberto Pedote, vice-presidente de Finanças, Jurídico e Tecnologia da Informação da Natura, em teleconferência com a imprensa nesta quarta-feira. “Uma hipótese é que o aumento real do salário mínimo e a alta de custos da cesta básica concorreram com o bolso dos consumidores.”

A Natura continua com o plano de investimento em infraestrutura, sistemas e logística, com a inauguração de novos centros de distribuição, como o recém-inaugurado em São José dos Pinhais (PR). Até agora, segundo Pedote, a empresa investiu 250 milhões de reais – 80% a mais do que o mesmo períodos de 2010.

E vai ser preciso ter atenção redobrada. No terceiro trimestre, a companhia enfrentou problemas com a falta de produtos. Isso aconteceu por problemas no sistema de capturação de pedidos. “Houve um volume de produtos não disponíveis para venda acima da média histórica”, diz Penedo, sem detalhar o valor da média histórica nem do atual. Em comunicado, a empresa disse que todos os esforços já foram concentrados para minimizar os problemas.

Outro ponto que a Natura pretende melhorar é o tempo médio de entrega de produtos para as atuais 1,131 milhão de consultoras no Brasil (uma alta de 14,9% na comparação trimestral). Atualmente os produtos demoram cinco dias para chegar às consultoras. Em algumas cidades, como São Paulo, o tempo é menor – de um dia para o outro a entrega acontece. “Já no ano que vem vamos diminuir esse prazo e todo o processo se estenderá por dois ou três anos até diminuir a média nacional”, diz Pedote.


Força no exterior – Se no Brasil os resultados ficaram aquém das expectativas da Natura, a empresa comemora seu desempenho na América Latina. Os investimentos continuam com foco na Argentina, Colômbia e México. “Esses países são suficientes para atender a região”, diz Pedote. “As operações internacionais representaram quase 10% do total.” O foco da Natura será continuar com a produção local nos países da região.

As chamadas “operações em consolidação” (Argentina, Chile e Peru) apresentaram crescimento de 40,3% na receita em moeda local. “O resultado operacional segue em evolução, alcançando 9,4 milhões de reais” em comparação com 2,8 milhões de reais no terceiro trimestre de 2010”, afirma a empresa. Já nas “operações em implantação” (México e Colômbia), a receita apresentou crescimento de 56,6% no trimestre. No exterior a Natura tem 230.000 consultoras

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