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Avanço do Wal-Mart no Brasil pressiona margem do Pão de Açúcar

Maior rede de varejo do mundo é conhecida por sua estratégia de preços baixos e deverá pressionar o líder do mercado brasileiro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

O principal efeito do negócio selado entre o Grupo Sonae e o Wal-Mart sobre o Grupo Pão de Açúcar será o aumento da pressão para reduzir suas margens de lucro. A avaliação é de relatório do Banco Espírito Santo Securities, que lembra que o Wal-Mart, maior rede de varejo do mundo, é conhecido pela sua estratégia de preços baixos em todos os segmentos em que atua.

"O crescimento do Wal-Mart como competidor no Brasil aumenta o riso para as ações da CBD [Companhia Brasileira de Distribuição, controladora do Pão de Açúcar], principalmente no que tange a margem bruta da companhia, já que deve haver uma maior pressão de preços por parte do Wal-Mart", afirma o BES Securities (se você é assinante, leia também reportagem de EXAME sobre o poder do Wal-Mart).

Nesta quarta-feira (14/12), o Wal-Mart anunciou a compra das 140 lojas que o grupo português Sonae possuía no Brasil. O negócio foi fechado por cerca de 1,73 bilhão de reais e tem o objetivo de reforçar os americanos na disputa pela liderança do mercado brasileiro. Em conjunto, o faturamento do Sonae e o Wal-Mart no Brasil alcançou 10,4 bilhões de reais no ano passado, atrás do Carrefour (12,1 bilhões) e do Pão de Açúcar (15,4 bilhões).

Segundo o BES Securities, a concorrência entre o Wal-Mart e o Pão de Açúcar será mais acirrada nas regiões Nordeste e Sudeste, onde o varejista americano tem condições de competir diretamente com os brasileiros e com o Carrefour.

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