A Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis reconheceu que os veículos elétricos que operam totalmente com baterias exigem menos trabalho do que os veículos com motores de combustão interna (Faraday Future/Divulgação)
AFP
Publicado em 4 de setembro de 2018 às 15h26.
As fabricantes de automóveis consideram que a Comissão Europeia subestimou o impacto de um desenvolvimento muito rápido de veículos elétricos sobre os empregos do setor - aponta um relatório publicado nesta terça-feira (4).
"A Comissão reconhece que os veículos elétricos que operam totalmente com baterias exigem menos trabalho do que os veículos com motores de combustão interna", disse a Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis (ACEA) em um comunicado.
A associação avalia que a Comissão "subestimou o impacto negativo [no que se refere ao emprego] de suas propostas" sobre o limite das emissões de CO2, criticando, assim, uma das principais medidas do pacote "Mobilidade Limpa", do Executivo da UE.
No início de novembro de 2017, Bruxelas propôs impor uma redução de, em média, 30% das emissões de CO2 nos veículos particulares antes de 2030. A Comissão de Meio Ambiente do Parlamento Europeu deve decidir em breve sobre essas novas medidas.
"Toda a cadeia produtiva europeia terá que ser transformada em um ritmo sustentável", defende o secretário-geral da ACEA, Erik Jonnaert, no comunicado.
O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia (UE), que representam os 28 países do bloco, estão atualmente discutindo suas respectivas posições sobre a proposta internamente, antes de iniciarem as negociações entre as instituições.