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Metalúrgicos da Embraer suspendem greve

Apesar do fim da paralisação, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que seguirá insistindo por um aumento maior

Embraer: o sindicato vai entrar com ação de dissídio coletivo contra a empresa (Porneczi/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 12h35.

São Paulo - Os metalúrgicos da Embraer suspenderam a greve iniciada na última quarta-feira, 5, após assembleia unificada, realizada na manhã desta segunda-feira, 10, que, segundo o sindicato da categoria, reuniu cerca de 8 mil trabalhadores de todos os turnos.

Apesar do fim da paralisação, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que seguirá insistindo por um aumento maior que o proposto pela fabricante de aeronaves.

Para isso, vai entrar com ação de dissídio coletivo contra a Embraer para buscar, na Justiça, o reajuste salarial de 10% que reivindicam.

A entidade também defenderá a redução da jornada para 40 horas semanais, estabilidade no emprego e o não desconto dos dias parados. O caso será protocolado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) - 15ª Região, em Campinas, afirmou.

A decisão acontece depois que a Embraer e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reiteraram, na última sexta-feira, a proposta de 7,4% de reajuste salarial, já anteriormente rejeitada na mesa de negociação pelo sindicato - a assembleia de funcionários não chegou a votar a proposta.

No último sábado, a Embraer já havia sinalizado, em nota, que em um cenário de impasse haveria a possibilidade de solução por via judicial e que, neste caso, a discussão se iniciaria no TRT de Campinas, com possível recurso, por qualquer das partes, junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

"É difícil estimar com precisão a duração de um processo desse tipo, mas o histórico indica a probabilidade de muitos anos até sua efetiva conclusão", afirmou a empresa.

A Embraer também disse que, durante esse período, as empresas que concederam antecipação da data-base por liberalidade (5,3%), como é o caso da companhia, poderão manter esse índice até a decisão final.

Assédio moral x violência

O sindicato dos metalúrgicos de SJC afirmou, em nota, que desde o início da greve a Embraer assediou seus funcionários para que retornassem ao trabalho, com supervisores e gerentes contatando os trabalhadores e fazendo ameaças para as "possíveis consequências" da continuidade da paralisação.

"Essa postura fere a Lei de Greve (artigo 6º, parágrafo 2º), que proíbe às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho", declarou.

A entidade disse que, para evitar que os trabalhadores fossem coagidos durante a assembleia, chegou a propor que a continuidade ou não da greve fosse decidida em plebiscito, mas a proposta não foi aceita pela maioria.

Por outro lado, desde o início da greve a Embraer também denunciou a ação de ativistas na porta da fábrica, que estariam impedindo a entrada de trabalhadores, com alguns incidentes de agressões e desrespeito aos empregados que manifestaram desejo de trabalhar.

"O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos não colocou em votação a proposta apresentada pela Fiesp e continuou a cercear o direito de ir e vir pelo uso da força física", afirmou, em nota divulgada na semana passada.

Conforme a companhia, a ação dos ativistas na porta da fábrica estava "impactando operações relevantes da companhia, causando danos para seus clientes e empregados".

Até o momento, a Embraer não informou, no entanto, quais seriam as consequências para os resultados da empresa no ano.

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São Paulo - Os metalúrgicos da Embraer suspenderam a greve iniciada na última quarta-feira, 5, após assembleia unificada, realizada na manhã desta segunda-feira, 10, que, segundo o sindicato da categoria, reuniu cerca de 8 mil trabalhadores de todos os turnos.

Apesar do fim da paralisação, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que seguirá insistindo por um aumento maior que o proposto pela fabricante de aeronaves.

Para isso, vai entrar com ação de dissídio coletivo contra a Embraer para buscar, na Justiça, o reajuste salarial de 10% que reivindicam.

A entidade também defenderá a redução da jornada para 40 horas semanais, estabilidade no emprego e o não desconto dos dias parados. O caso será protocolado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) - 15ª Região, em Campinas, afirmou.

A decisão acontece depois que a Embraer e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reiteraram, na última sexta-feira, a proposta de 7,4% de reajuste salarial, já anteriormente rejeitada na mesa de negociação pelo sindicato - a assembleia de funcionários não chegou a votar a proposta.

No último sábado, a Embraer já havia sinalizado, em nota, que em um cenário de impasse haveria a possibilidade de solução por via judicial e que, neste caso, a discussão se iniciaria no TRT de Campinas, com possível recurso, por qualquer das partes, junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

"É difícil estimar com precisão a duração de um processo desse tipo, mas o histórico indica a probabilidade de muitos anos até sua efetiva conclusão", afirmou a empresa.

A Embraer também disse que, durante esse período, as empresas que concederam antecipação da data-base por liberalidade (5,3%), como é o caso da companhia, poderão manter esse índice até a decisão final.

Assédio moral x violência

O sindicato dos metalúrgicos de SJC afirmou, em nota, que desde o início da greve a Embraer assediou seus funcionários para que retornassem ao trabalho, com supervisores e gerentes contatando os trabalhadores e fazendo ameaças para as "possíveis consequências" da continuidade da paralisação.

"Essa postura fere a Lei de Greve (artigo 6º, parágrafo 2º), que proíbe às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho", declarou.

A entidade disse que, para evitar que os trabalhadores fossem coagidos durante a assembleia, chegou a propor que a continuidade ou não da greve fosse decidida em plebiscito, mas a proposta não foi aceita pela maioria.

Por outro lado, desde o início da greve a Embraer também denunciou a ação de ativistas na porta da fábrica, que estariam impedindo a entrada de trabalhadores, com alguns incidentes de agressões e desrespeito aos empregados que manifestaram desejo de trabalhar.

"O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos não colocou em votação a proposta apresentada pela Fiesp e continuou a cercear o direito de ir e vir pelo uso da força física", afirmou, em nota divulgada na semana passada.

Conforme a companhia, a ação dos ativistas na porta da fábrica estava "impactando operações relevantes da companhia, causando danos para seus clientes e empregados".

Até o momento, a Embraer não informou, no entanto, quais seriam as consequências para os resultados da empresa no ano.

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