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Mercado de escritórios de alto padrão cresce em 2004

Segundo a Jones Lang LaSalle, uma das maiores consultorias imobiliárias do mundo, a expansão da economia brasileira favoreceu o setor

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A demanda para locação de escritórios comerciais de alto padrão encerrou 2004 em alta, após patinar no ano retrasado. Com o bom desempenho da economia brasileira, no ano passado, esse setor foi impulsionado pela expansão das empresas, que buscaram espaços mais amplos para se instalar, e pela criação de novas companhias, que necessitaram de escritórios em que pudessem se implantar fisicamente (se você é assinante, leia também reportagem de EXAME sobre os negócios com escritórios de alto padrão).

"Apesar das oscilações econômica internacionais e das taxas de juros adotadas no Brasil, a retomada da economia teve nítido impacto no desempenho do mercado de escritórios", afirma Sandra Ralston, presidente da Jones Lang LaSalle no Brasil. A empresa é uma das maiores consultorias imobiliárias do mundo, atuando em mais de 30 países. Em todo o mundo, a empresa administra 68 milhões de metros quadrados de escritórios, shopping centers, hospitais e galpões industriais, entre outros.

Segundo Sandra, a expansão desse mercado foi mais sentida nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que centralizam as operações de importantes companhias e também continuam atraindo consideráveis investimentos de empresas em início de vida. Com isso, o estoque de espaços de alto padrão (área total disponível para locação) cresceu 9% no ano passado em São Paulo, para 1,959 milhão de metros quadrados, e 5% no Rio de Janeiro, para 733 mil metros quadrados.

O aquecimento do mercado também se refletiu no aumento da absorção líquida (área total locada menos área descontratada no período). Na capital paulista, a absorção saltou de 51 000 metros quadrados, em 2003, para 113 000. Já no Rio de Janeiro, o indicador passou de 14 000 para 29 000 na mesma comparação. De acordo com a Jones Lang LaSalle, a maior parte dos novos espaços foi ocupada por empresas em processo de crescimento, o que demanda mais escritórios para alocar suas equipes.

Já a taxa de vacância (percentual do estoque que está vago) encerrou 2004 em 23,88%, em São Paulo, e em 15,83%, na capital fluminense. As taxas são consideradas elevadas em comparação com outros mercados, como o de Nova York, onde a vacância é menor que 10%. O que ainda mantém a desocupação elevada no Brasil, de acordo com a Jones Lang LaSalle, são as torres comerciais construídas de modo especulativo, ou seja, sem que o proprietário do edifício já tenha contratos de pré-locação acertados com possíveis locatários antes do início das obras. O estoque especulativo somou 131 mil metros quadrados em São Paulo e 39 mil metros quadrados no Rio.

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