Mercado chinês de US$ 16 bi está na mira do Apple Watch
A Apple pulou para o topo do mercado chinês ao adaptar o iPhone às preferências locais. Agora, a empresa seguirá a mesma receita com o Apple Watch
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2015 às 22h17.
A Apple Inc. pulou para o topo do mercado chinês ao adaptar o iPhone às preferências locais. Agora, a empresa seguirá a mesma receita com o Apple Watch .
O novo relógio está disponível em ouro, o que apela para o apetite chinês por luxo. A Apple também está promovendo o serviço de mensagens WeChat, da empresa chinesa Tencent Holdings Ltd., um aplicativo utilizado por meio bilhão de pessoas.
O relógio inteligente custa a partir de 2.588 yuans (US$ 413) na China, o que posiciona a Apple para impulsionar as vendas além dos US$ 182 bilhões obtidos em receita com iPhone, iPad e Mac no ano passado.
As vendas da Apple na China aumentaram 70 por cento nos últimos três meses, com a ajuda do lançamento do iPhone 6 e do iPhone 6 Plus. Com uma tela maior do que a dos smartphones tradicionais, mas menor do que a dos tablets, os novos modelos de iPhone foram bem recebidos no mercado chinês, onde os consumidores preferem usar um único aparelho.
O Apple Watch “vai ser um sucesso estrondoso na China”, disse Shaun Rein, diretor administrativo da China Market Research, em Xangai. “Trata-se de uma marca de status cujos preços não são muito excessivos”.
A Grande China contribuiu com mais de US$ 16 bilhões para as vendas da Apple nos últimos três meses, cerca de 21 por cento do total da empresa. O país continua atrás das Américas e da Europa em termos do total de receita. No entanto, o CEO Tim Cook disse que a China poderia acabar se tornando o maior mercado da Apple.
A China tem sido um componente fundamental do marketing da Apple para o relógio desde que ele foi anunciado pela primeira vez, em setembro. O aparelho apareceu na capa da Vogue chinesa antes de qualquer outra revista.
Do preço do Polo
Os preços do relógio na China foram divulgados na terça-feira, depois que Cook apresentou o aparelho em São Francisco. O Apple Watch Sport é o modelo menos caro e custa 2.588 yuans. O Apple Watch Edition, em ouro 18 quilates, custará cerca de 126.800 yuans, mais do que o preço de um carro Polo, da Volkswagen AG.
As vendas de bens de luxo na China se enfraqueceram devido à campanha anticorrupção do governo, que restringiu a distribuição de presentes. Os gastos em luxo na China Continental caíram pela primeira vez em 2014, com um recuo de 1 por cento, para 115 bilhões de yuans, de acordo com a empresa de consultoria Bain Co.
Normalmente, o fator ostensivo de um novo aparelho de última geração levaria a China a ser um dos mercados mais fortes do Apple Watch Edition, mas este ano poderia ser diferente por causa da campanha anticorrupção, disse Bryan Ma, analista da International Data Corp., em Cingapura.
Combate à corrupção
“As recentes medidas enérgicas de combate à corrupção diminuíram o impulso de alguns desses objetos chamativos”, disse Ma. “Resta saber que tipo de afirmação social o Apple Watch representará na China em comparação com uma marca mais tradicional de relógios de luxo, como a A. Lange Söhne”.
A apresentação da Apple na segunda-feira incluiu um vídeo que mostrou a nova loja em Hangzhou, o que enfatiza o valor que a China tem para a empresa, disse Andrew Uerkwitz, analista da Oppenheimer Co., em Nova York.
“É possível que a China seja o mercado mais importante fora dos EUA e, sem esse mercado fundamental, não sei como a Apple poderia ter sucesso com o relógio ou qualquer produto novo”, disse Uerkwitz.
Relógios de luxo
Uerkwitz projeta que o relógio terá um bom desempenho na China, o que contribuirá para que as vendas internacionais atinjam a marca de 15 milhões de unidades neste ano.
Neil Shah, analista da Counterpoint Technology Market Research, prevê que as vendas do Apple Watch vão ser de mais de 5 milhões de unidades neste ano.
Embora a Apple tenha chegado às manchetes devido ao sucesso de seus produtos, a passagem da marca aos relógios de pulso ainda não chamou a atenção de todo mundo.
Chen Zhiting, com um boné do New York Yankees, estava comprando um relógio em Pequim. Ele buscava algo esportivo, que custasse até 50.000 yuans.
Ele teria interesse pelo Apple Watch? “A Apple fabrica relógios?”, perguntou ele. “Pensei que esse era o pessoal do iPad”.
- 1. Nova safra
1 /15(Divulgação/Apple)
São Paulo - A Apple lançou hoje oficialmente o Apple Watch num evento realizado em San Francisco. Além do relógio inteligente, a empresa aproveitou a oportunidade para anunciar o novo MacBook de 12 polegadas e outras novidades. Confira os principais anúncios feitos pela empresa.
2 /15(Divulgação/Apple)
A grande novidade apresentada pela Apple hoje foi o Apple Watch . O relógio inteligente já havia sido revelado pela empresa por ocasião do lançamento do iPhone 6, em setembro. O relógio se comunica com o iPhone e funciona como uma extensão da tela do smartphone. Será oferecido com várias opções de acabamento e em dois tamanhos.
3 /15(Divulgação/Apple)
Nos Estados Unidos, o preço do Apple Watch vai de 349 dólares, no caso do modelo menor com construção em alumínio, a 17 mil dólares para a versão mais cara do modelo de luxo, folheado a ouro. O gadget poderá ser encomendado a partir do próximo dia 10 de abril e chega às lojas em 24 de abril em nove países. Infelizmente o Brasil não é um deles.
4 /15(Divulgação/Apple)
Com Apple Watch, o usuário pode realizar pagamentos por meio do sistema Apple Pay. Para isso, basta aproximar o relógio do terminal de caixa. Além disso, o gadget exibe notificações recebidas no iPhone, a previsão do tempo e os batimentos cardíacos do usuário - entre outras informações. Siri, a assistente falante da Apple, também está no Apple Watch.
5 /15(Divulgação/Apple)
O app Shazam, popular entre os usuários de iPhone, é um dos muitos que vão ganhar versão para o Apple Watch. Ele é capaz de identificar uma música que esteja tocando num ambiente e exibir sua letra na tela. De acordo com Tim Cook, o relógio inteligente tem bateria com duração de carga de 18 horas em uso regular.
6 /15(Divulgação / Apple)
Para recarregar o Apple Watch, basta acoplar um conector magnético à sua parte traseira. Uma das versões do relógio é feita de um alumínio especial, que é 60% mais resistente que o alumínio comum e tão leve quanto ele. Os gadgets feitos desse material chegarão às lojas do Estados Unidos com preços de 349 e 399 dólares para os modelos pequeno e grande, respectivamente. Já os modelos de aço têm preço entre 549 e 1.099 dólares, dependendo da cor e do tipo de pulseira.
7 /15(Divulgação/Apple)
Conforme apontavam rumores, a Apple anunciou hoje uma nova versão do MacBook. Com tela Retina de 12 polegadas, o gadget é mais leve e mais fino que os modelos atuais. Ele pesa 900 gramas e tem cerca de 13 centímetros de espessura.
8 /15(Divulgação/Apple)
Todo construído em metal, o novo MacBook tem uma tela que consome 30% menos energia do que a da geração anterior do gadget. Nos Estados Unidos, o MacBook de 12 polegadas chega às lojas no próximo dia 10 de abril com preços a partir de de 1.299 dólares. Terá opções de acabamento cinza escuro, prateado e dourado.
9 /15(Divulgação/Apple)
A partir de abril, quem tiver Apple TV vai poder assinar o serviço de streaming HBO Now de forma avulsa nos Estados Unidos. A novidade vai custar 14,99 dólares por mês. Como se sabe, Apple TV é o aparelhinho da Apple que permite receber vídeo da internet e exibi-lo num televisor.
10 /15(Divulgação / Apple)
O Apple TV ficou mais barato, ao menos nos Estados Unidos. A Apple anunciou que o preço do gadget caiu de 99 dólares para 69 dólares a partir de hoje. De acordo com a empresa, cerca de 25 milhões de unidades desse produto já foram vendidas desde o lançamento.
11 /15(Justin Sullivan/AFP)
Tim Cook anunciou que o sistema de pagamento Apple Pay passará a ser aceito em 40 mil máquinas da Coca-cola. De acordo com ele, o sistema lançado há 3 meses já é aceito em 700 mil pontos de venda nos Estados Unidos.
12 /15(Divulgação/Apple)
Uma das novidades anunciadas hoje pela Apple é o Research Kit. Voltado para pesquisas médicas, esse conjunto de ferramentas de software vai permitir que usuários do iPhone participem como voluntários em pesquisas feitas por hospitais e universidades. Vai ser distribuído com código-fonte aberto.
13 /15(Divulgação/Apple)
Os primeiros apps baseados no Research Kit são voltados para pesquisas sobre mal de Parkinson, asma, câncer e diabetes. A participação nesses estudos é voluntária e a Apple promete que não terá acesso às informações médicas dos usuários, que serão tratadas de forma sigilosa.
14 /15(Daimer)
No evento de hoje, a Apple informou que os principais fabricantes de automóveis já se comprometeram em adotar o Car Play. Criado pela Apple, esse sistema conecta o painel do veículo ao iPhone.
15 /15(Getty Images)