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Melhor da siderurgia, CSN aposta em infraestrutura para driblar a crise

Opção por obras fez diferença e companhia opera hoje com 100% da capacidade.

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O direcionamento da produção para obras de infraestrutura no mercado doméstico foi a estratégia adotada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para driblar a crise e atuar a pleno vapor ao contrário do segmento que tem operado com metade da capacidade.  Segundo dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), até maio, o grau de utilização da capacidade instalada era de apenas 49,7%. Na última terça-feira, a CSN foi escolhida a melhor empresa de siderurgia e metalurgia pelo anuário Melhores e Maiores da revista EXAME

Dessa forma, grande parte dos 4,5 bilhões de reais de investimentos da companhia para os próximos três anos será destinada à produção de aços longos voltada a projetos rodoviários - como, por exemplo, a transnordestina - e aos terminais portuários em Sepetiba (RJ). "Estamos no caminho certo, pois as coisas estão indo bem melhor nesse ramo", afirmou Steinbruch.

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Steinbruch avalia que apesar do Brasil estar melhor do que o resto do mundo em relação à crise econômica, o setor siderúrgico especificamente não tem dado sinais de recuperação.  O setor siderúrgico tem sido um dos mais penalizados desde que a crise financeira global se agravou no último trimestre de 2008. De acordo com a Associação Mundial de Aço, a demanda global de aço deve cair cerca de 1 bilhão de toneladas em 2009, o que representa um recuo de 15% em relação ao ano passado.  Segundo o IBS, de janeiro a maio,  a produção de aço foi de 8,6 milhões de toneladas, queda de 40,75% na comparação com os primeiros cinco meses de 2008.

No entanto, a CSN continua traçando uma estratégia mais otimista e agressiva para os próximos anos quando comparada às outras empresas brasileiras do setor. "Apesar das margens apertadas, estamos apostando no futuro. Trabalhamos em cheio para diluir o custo fixo e obter melhores resultados", disse o presidente.

A fim de tentar ser menos afetada pela crise econômica, a CSN fez um longo estudo de redução de custos para todas as áreas da siderúrgica, mantendo sua tradição de margens diferenciadas. "Tudo o que podíamos ter feito do ponto de vista interno foi feito. Agora só depende da reação do mercado", afirmou Steinbruch.

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