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Marfrig irá a mercado de bônus se custo de empréstimos cair

De acordo com Sérgio Rial, presidente da empresa a partir de 2014, gigante de bovinos não tem pagamentos de dívida que justifiquem busca no mercado agora

Marfrig: empresa só buscará o mercado internacional de bônus se custo de empréstimos cair (/Marfrig/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2013 às 17h10.

Nova York - A Marfrig Alimentos , segunda maior empresa do setor de bovinos no Brasil, irá buscar o mercado internacional de bônus apenas se os custos de empréstimos caírem consideravelmente, já que a companhia não possui nenhum pagamento significativo de dívida nos próximos três anos, disse Sergio Rial, que irá assumir a presidência da companhia no começo de 2014, nesta quarta-feira.

A Marfrig irá adotar uma "aproximação oportunista" em acessar os mercados de bônus, e pode apenas vender nova dívida se os spreads, ou a diferença entre os custos de empréstimo da empresa e aqueles da dívida do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento equivalente, reduza a pelo menos um ponto percentual, disse Rial em Nova York.

As declarações do executivo destacam o foco da Marfrig em reduzir seus custos de dívida, ampliar as margens em suas três unidades e controlar gastos com vendas, gerais e administrativas para retornar a lucratividade.

O prejuízo líquido da Marfrig no terceiro trimestre caiu 60 por cento para 194 milhões de reais conforme Rial reformulou as operações e orquestrou a venda da unidade de carnes de ave Seara para a rival JBS.

"Não enfrentamos pagamentos iminentes de dívida nos próximos três anos, e conseguimos elevar o caixa, o que nos deixa em uma posição muito confortável no campo de dívida", disse o executivo nos bastidores de um evento com investidores patrocinado pelo banco de investimentos Bradesco BBI.

Atualmente, o rendimento no bônus da Marfrig de 11,25 por cento com vencimento em setembro de 2021 está em torno de 11,70 por cento. O spread relativo ao bônus do Tesouro dos EUA de sete anos está em cerca de 9,5 pontos percentuais, segundo dados da Thomson Reuters.

Desalavancagem

Os investidores estão preocupados com o ritmo de desalavancagem da Marfrig e esperam que Rial entregue mais do que o seu antecessor, Marcos Molina. As ações da Marfrig acumulam queda de 51 por cento neste ano, com a maior parte da queda ocorrendo desde julho, depois da transação envolvendo a Seara.

Segundo Rial, ex-funcionário no ABN Amro Bank e ex-executivo na Cargill, as operações de carne bovina estão melhorando, especialmente na unidade no Uruguai. O controle de custos também entrega bons resultados, e a diretoria deve continuar obtendo mais economia de custos a partir das operações em 2014.

Quando a Marfrig anunciou em 10 de junho a venda da Seara e da subsidiária de couro Zenda para a JBS, que assumiu quase 5,9 bilhões de reais da dívida da Marfrig, esperava-se que seu nível de alavancagem caísse para cerca de 3 vezes o lucro operacional, ante relação de 5,1 vezes. O nível terminou em 4,4 vezes a dívida pelo lucro operacional no terceiro trimestre, e as previsões estão entre 3,5 e 4,2 vezes em 2014.

A empresa enfrenta cerca de 1,8 bilhão de reais em pagamento de dívidas até o fim de 2016, e o vencimento de dívidas de 1,5 bilhão de reais em 2017 e 2,4 bilhões em 2018, disse Rial, acrescentando que "os números de vencimento da dívida em 51 meses nos deixa em uma posição muito confortável no momento."

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Nova York - A Marfrig Alimentos , segunda maior empresa do setor de bovinos no Brasil, irá buscar o mercado internacional de bônus apenas se os custos de empréstimos caírem consideravelmente, já que a companhia não possui nenhum pagamento significativo de dívida nos próximos três anos, disse Sergio Rial, que irá assumir a presidência da companhia no começo de 2014, nesta quarta-feira.

A Marfrig irá adotar uma "aproximação oportunista" em acessar os mercados de bônus, e pode apenas vender nova dívida se os spreads, ou a diferença entre os custos de empréstimo da empresa e aqueles da dívida do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento equivalente, reduza a pelo menos um ponto percentual, disse Rial em Nova York.

As declarações do executivo destacam o foco da Marfrig em reduzir seus custos de dívida, ampliar as margens em suas três unidades e controlar gastos com vendas, gerais e administrativas para retornar a lucratividade.

O prejuízo líquido da Marfrig no terceiro trimestre caiu 60 por cento para 194 milhões de reais conforme Rial reformulou as operações e orquestrou a venda da unidade de carnes de ave Seara para a rival JBS.

"Não enfrentamos pagamentos iminentes de dívida nos próximos três anos, e conseguimos elevar o caixa, o que nos deixa em uma posição muito confortável no campo de dívida", disse o executivo nos bastidores de um evento com investidores patrocinado pelo banco de investimentos Bradesco BBI.

Atualmente, o rendimento no bônus da Marfrig de 11,25 por cento com vencimento em setembro de 2021 está em torno de 11,70 por cento. O spread relativo ao bônus do Tesouro dos EUA de sete anos está em cerca de 9,5 pontos percentuais, segundo dados da Thomson Reuters.

Desalavancagem

Os investidores estão preocupados com o ritmo de desalavancagem da Marfrig e esperam que Rial entregue mais do que o seu antecessor, Marcos Molina. As ações da Marfrig acumulam queda de 51 por cento neste ano, com a maior parte da queda ocorrendo desde julho, depois da transação envolvendo a Seara.

Segundo Rial, ex-funcionário no ABN Amro Bank e ex-executivo na Cargill, as operações de carne bovina estão melhorando, especialmente na unidade no Uruguai. O controle de custos também entrega bons resultados, e a diretoria deve continuar obtendo mais economia de custos a partir das operações em 2014.

Quando a Marfrig anunciou em 10 de junho a venda da Seara e da subsidiária de couro Zenda para a JBS, que assumiu quase 5,9 bilhões de reais da dívida da Marfrig, esperava-se que seu nível de alavancagem caísse para cerca de 3 vezes o lucro operacional, ante relação de 5,1 vezes. O nível terminou em 4,4 vezes a dívida pelo lucro operacional no terceiro trimestre, e as previsões estão entre 3,5 e 4,2 vezes em 2014.

A empresa enfrenta cerca de 1,8 bilhão de reais em pagamento de dívidas até o fim de 2016, e o vencimento de dívidas de 1,5 bilhão de reais em 2017 e 2,4 bilhões em 2018, disse Rial, acrescentando que "os números de vencimento da dívida em 51 meses nos deixa em uma posição muito confortável no momento."

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