Anderson Fagundes, Everton Andrade, Cristian Magalhães e Rafael Rez, da Web Estratégica: a motivação da aquisição é ampliar a oferta de serviços e ajudar o mercado a crescer o volume de vendas gastando menos (Web Estratégica/Divulgação)
A Web Estratégica tem muitos planos para colocar na rua e fazer o negócio crescer em 2023. O primeiro a ser executado foi a realização da primeira aquisição da sua história, iniciada em 2011. A empresa com atuação no mercado de SEO e produção de conteúdo comprou a concorrente gaúcha Lume.
Como oferta de serviço, a Web Estratégica gera e otimiza conteúdos para que os clientes apareçam melhor ranqueados em plataformas como o Google e diminuam os gastos com publicidade e de CAC (custo de aquisição de clientes).
“A motivação da aquisição é liderar o mercado de [growth Marketing] com soluções para uma grande dor do mercado: crescer o volume de vendas gastando menos”, afirma Rafael Rez, fundador e CMO da empresa. O executivo não revelou o valor da transação.
Ele criou a empresa como uma consultoria de SEO e depois enveredou também para a produção de conteúdo. Além de empreender, Rez também é professor e dá aulas em instituições como o Insper e a Universidade de Coimbra. Desde 2017, tem Everton Gomes como sócio, ocupando a cadeira de CEO.
Nos últimos anos, a publicidade digital tem registrado o que chamam de “inflação dos cliques”. A aplicação adequada de SEO, otimizando a aparição dos conteúdos marcas nos motores de busca e aumentando a geração de tráfego orgânico, seria a estratégia para ‘fugir’ da alta dos preços sem afetar tanto o bolso nem o resultado das empresas.
Até por isso, o setor está em crescimento. De acordo com a Research & Markets, o mercado deve movimentar globalmente US$ 122,11 bilhões em 2028, subindo a uma taxa anualizada de 9,6% ao longo do tempo.
A Web Estratégica tem surfado esse momento do digital: de 2020 para cá, registrou expansão de cinco vezes no faturamento. Apenas em 2022, o avanço foi de 150%. A empresa não abriu os números totais.
Na lista de clientes, estão marcas como Leroy Merlin, Magazine Luiza, Unidas, Bosch, Bitso e Hoteis.com.
As empresas pagam uma mensalidade que varia entre 25 mil reais e 200 mil reais, a depender do volume de conteúdo que demandam. Como retorno, obtêm ganhos em geração de tráfego de usuários para os seus sites e ecommerces que podem chegar até 150%.
Com a aquisição, a Web traz para dentro de casa um time de 20 pessoas, incluindo os dois cofundadores. Anderson Fagundes assume como diretor de vendas e Cristian Magalhães, diretor de operações.
A Lume, nascida em 2014, atuava para clientes como Sadia, Panvel Farmácias, JBL, Habib’s e Arezzo. Em 2022, apresentou um crescimento de 65%.
Com a nova estrutura e a soma de conhecimento dos dois times, agora integrados em uma operação de 173 pessoas, a empresa estima expansão de 60% na receita para este ano.
Para potencializar o resultado, vai investir 2 milhões de reais em tecnologias que garantam resultados melhores para os seus clientes.
Outro caminho que a empresa pretende explorar é o de novas aquisições. Apesar de ter demorado mais de 11 anos para a primeira compra, parece ter gostado da experiência.
“Estamos buscando empresas, tecnologias e equipes que reforcem nossa posição de especialista no mercado. Acreditamos muito na combinação de inteligência humana e tecnologia para criação e execução de estratégias sólidas para nossos clientes”, afirma Rez.
O ritmo de evolução da estratégia depende de outro movimento também novo na história da Web. Financiada ao longo dos anos com capital próprio, a empresa pretende ir à mercado em busca de captação.
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