LVMH anuncia vendas em forte alta no 1º semestre
LVMH anunciou altas nas vendas de 16% no primeiro semestre e um salto de 53% no lucro líquido
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Paris - Bolsas Louis Vuitton, champanhe, perfumes Christian Dior... O gigante mundial do luxo LVMH anunciou nesta terça-feira altas nas vendas de 16% no primeiro semestre e um salto de 53% em seu lucro líquido, o suficiente para esquecer a crise de 2009 e demonstrar confiança em 2010.
No primeiro semestre de 2009, o grupo LVMH, em meio a crise econômica mundial, viu seu lucro líquido cair 23% enquanto o crescimento das vendas eram quase negativas.
De janeiro até junho de 2010, suas vendas atingiram os 9,099 bilhões de euros e seu lucro líquido, 1,050 bilhão de euros.
Esses resultados, após o anúncio no dia 20 de julho das vendas com fortes altas do concorrente Hermès (+22,8%, a 1,07 bilhão de euros), atestam a recuperação deste setor que sofreu durante a crise.
No primeiro semestre de 2010, todas as filiais do LVMH registravam um crescimento de duas cifras em suas atividades, como vinho e outros tipos de bebidas alcoólicas, com vendas em alta de 21%, e o ramo de relojoaria e joalheria (+28%), dois setores que haviam sido duramente atingidos pela recessão.
O champanhe registrou, sozinho, uma progressão em suas vendas em volume de 23% no primeiro semestre.
O ramo da moda e artigos de couro apresentou alta de 18%. Louis Vuitton, a marca emblemática do grupo, está "em franco crescimento". Ela também contratou 320 funcionários em um ano para atender à demanda e construiu uma nova oficina em Drome.
As vendas para o exterior também estão em alta, desde os mercados emergentes como a China até os mercados maduros, como os Estados Unidos e a Europa.
Sem revelar as previsões para 2010, o presidente do grupo, Bernard Arnault, disse estar "muito confiante" em relação ao restante do ano, durante uma coletiva de imprensa organizada para a divulgação dos resultados.
Questionado ainda sobre o caso político-financeiro Bettencourt, se haveria interesse na compra da empresa líder mundial em cosméticos L'Oréal, Bernard Arnault imediatamente respondeu: "Não".