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Lucro recorrente do Bradesco soma R$ 5,471 bi no 3º tri, alta de 13,7%

No acumulado do ano até setembro, o lucro líquido recorrente do banco foi a R$ 15,734 bilhões, expansão de 11,1% na comparação anual

Agência de banco em São Paulo: desde 2005, o número de  instituições bancárias caiu 22% no Brasil  (Marcela Beltrão/Exame)

Agência de banco em São Paulo: desde 2005, o número de instituições bancárias caiu 22% no Brasil (Marcela Beltrão/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 07h29.

São Paulo - O Bradesco obteve lucro líquido recorrente de R$ 5,471 bilhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 13,7% maior que a registrada um ano antes, de R$ 4,810 bilhões. Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, quando o resultado foi de R$ 5,161 bilhões, o lucro cresceu 6,0%.

O lucro líquido recorrente do Bradesco ficou em linha com as projeções do mercado. A variação é de 2,34% sobre a média de R$ 5,346 bilhões, conforme sete casas consultadas pelo Prévias Broadcast (BTG Pactual, JPMorgan, Morgan Stanley, UBS, Santander, Safra e XP).

O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

"O crescimento do lucro neste trimestre contou com a boa evolução da margem financeira e a performance das despesas com PDD (expandida), que permaneceram praticamente estáveis mesmo considerando o crescimento do crédito", explica o Bradesco em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras.

Sobre o comparativo anual, o banco destaca que, além de maiores receitas com a margem financeira, houve também redução nas despesas com PDD (expandida), maiores resultados com operações de seguros, previdência e capitalização e evolução nas receitas de prestação de serviços.

No acumulado do ano até setembro, o lucro líquido recorrente do banco foi a R$ 15,734 bilhões, expansão de 11,1% em relação ao mesmo intervalo de 2017, quando era R$ 14,162 bilhões.

A carteira de crédito expandida do Bradesco somava R$ 523,431 bilhões ao fim de setembro, 1,5% maior que o saldo de junho, de R$ 515,635 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos totalizavam R$ 486,864 bilhões, foi uma expansão de 7,5%.

No terceiro trimestre, o destaque de crescimento foi o segmento de pessoas físicas. A carteira de indivíduos registrou saldo de R$ 186,159 bilhões, 1,8% superior aos três meses anteriores e 8,1% em 12 meses. Na pessoa jurídica, o saldo foi de 337,272%, elevações de 1,3% e 7,2%, respectivamente.

O Bradesco fechou setembro com R$ 1,357 trilhão em ativos totais, aumento de 3,4% ante um ano, quando somava R$ 1,312 trilhão. Ante junho, quando estava em R$ 1,306 trilhão, foi identificada alta de 3,9%.

Seu patrimônio líquido alcançou R$ 115,670 bilhões no terceiro trimestre, cifra 4,9% maior que a registrada 12 meses antes, de R$ 110,301 bilhões. Na comparação com o trimestre anterior, de R$ 113,039 bilhões, cresceu 2,3%.

A rentabilidade do banco (ROE, na sigla em inglês) foi a 19,0% no terceiro trimestre, elevação de 0,6 ponto porcentual em comparação ao trimestre anterior, de 18,4%. Ante um ano, houve melhora de 1 p.p.

Recorrente versus ajustado

O Bradesco divulgou ainda que registrou lucro líquido contábil de R$ 5,009 bilhões de julho a setembro, salto de 73,68% em relação ao registrado um ano antes, de R$ 2,884 bilhões. Na comparação trimestral, quando somou R$ 4,528 bilhões, a alta foi de 10,62%.

A diferença entre o lucro recorrente e contábil do banco, conforme explica a instituição em relatório, se deu por conta de R$ 381 milhões de amortização de ágio com aquisições no terceiro trimestre e, principalmente, o impacto bilionário do plano de demissão voluntária (PDV) há um ano.

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