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Litel propõe distribuir 201 milhões de ações da Vale a sócios

Proposta para redução do seu capital social vem após o término de período de seis meses de bloqueio para a venda de ações da Vale

Vale: a operação da Litel envolveria a entrega a seus acionistas de 201,14 milhões de ações ordinárias da mineradora (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de março de 2018 às 18h41.

Última atualização em 6 de março de 2018 às 18h42.

São Paulo - O Conselho de Administração da Litel Participações, que reúne fundos de pensão acionistas da Vale , apresentou uma proposta para redução do seu capital social em 5,6 bilhões de reais, por meio da entrega a seus sócios de ações ordinárias da mineradora brasileira.

A proposta, que foi divulgada nesta terça-feira e será analisada em assembleia extraordinária em 21 de março, vem após o término de um período de seis meses de bloqueio para a venda de ações da Vale acertado no acordo da acionistas da mineradora.

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A operação da Litel envolveria a entrega a seus acionistas de 201,14 milhões de ações ordinárias da Vale, que seriam avaliadas a 28,02 reais para fins da redução de capital --valor contábil com data base de 31 de dezembro.

A Litel tem entre os acionistas a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Fundação Petros, a Fundação dos Economiários Federais (Funcef), a Fundação Cesp e fundos de investimentos em ações (FIAs).

Se aprovada a proposta, o capital social da Litel Participações passaria a 1,47 bilhão de reais, ante 7,1 bilhões de reais atualmente.

"Se a redução de capital for aprovada, os fundos de pensão vão deter ações da Vale diretamente e poderão vender suas fatias a qualquer momento. Em um cenário em que todos sócios da Litel vendam suas ações, o montante poderia atingir 8,8 bilhões de reais", escreveram analistas do Credit Suisse em relatório.

A equipe de mineração do Itaú BBA disse em nota a clientes que a operação pode pressionar as ações da Vale no curto prazo, mas é positiva porque tem potencial de aumentar a liquidez dos papéis da companhia em cerca de 10 por cento e de elevar o número de membros indicados por acionistas minoritários no Conselho da empresa em futuras eleições.

"Nós continuamos a prever que entre 13 bilhões de reais e 17 bilhões de reais (em ações da Vale) podem ir a mercado após o final do período de lock up... assumindo que o BNDESPar também pode desinvestir de seu excedente em ações", escreveram os profissionais do Itaú.

Os papéis da Vale operavam na tarde desta terça-feira a 43,59 reais, queda de 0,25 por cento, às 17h39.

Além dos fundos reunidos na Litel e do BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômcio e Social (BNDES), a Vale tem como principais acionistas o Bradespar e a japonesa Mitsui&Co.

 

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