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LinkedIn para a área médica, startup recebe aporte de R$ 3 milhões e amplia modelo de negócios

O investimento será usado para a implementação de um marketplace. Com os pagamentos circulando pela plataforma, a Sinaxys projeta que movimentará cerca de R$ 3,7 bilhões em 2027

Bernardo Cunha, da Sinaxys: com ampliação do modelo de negócios, os profissionais poderão antecipar o recebível, organizar os contratos em andamento e obter liberação de crédito (Sinaxys/Divulgação)
MB

Marcos Bonfim

Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 08h07.

Última atualização em 16 de dezembro de 2022 às 16h14.

A mineira Sinaxys recebeu um aporte de R$ 3 milhões e mira alto para atingir uma meta agressiva em 2027: movimentar em sua plataforma R$ 3,7 bilhões em GMV (Gross Merchandise Volume). A startup funciona com um LinkedIn nichado para a área de saúde e divulgando vagas de clientes como hospitais, clínicas médicas e plataformas de telemedicina para o recrutamento de profissionais de medicina a partir da sua ferramenta.

Para a rodada de investimentos, a empresa captou com a holding TIAA, veículo de investimentos de sócios do grupo Cartão de Todos e AmorSaúde. A entrada do capital vai permitir que a hrtech dê um passo além e amplie o seu modelo de negócio com a implementação de um marketplace.

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No formato atual, baseado em assinaturas mensais, a startup ajuda os seus clientes na comunicação das vagas e no recrutamento dos profissionais. O pagamento fica sob a responsabilidade dos contratantes.

O que será feito com o dinheiro

Com a expansão dos negócios, a startup passa a oferecer um processo semelhante ao do Uber e do iFood. Concentrará todo o pagamento na plataforma e é quem fará todos os acertos financeiros com os médicos.

“Com isso, o profissional vai conseguir antecipar o recebível, organizar os contratos em andamento, ter clareza de onde recebe mais ou menos e também poderá obter liberação de crédito. Nós fazemos circular esses pagamentos por dentro da plataforma”, afirma Bernardo Cunha, sócio e VP de Novos Negócios da empresa.

É partir do produto que a startup, com valuation de R$ 20 milhões pré-aporte, projeta números tão elevados. Já em 2023, os sócios trabalham com GMV anual de R$ 30 milhões, cifra que subiria para mais de R$ 407 milhões em 2024. A introdução do serviço contribuiria para ampliar a faturamento, prevista para fechar o ano em torno de R$ 500 mil.

Na conta, eles já colocam que muitos dos atuais 100 clientes, entre os quais Clínica da Cidade, Conexa Telemedicina, AmorSaúde e RCS, passarão a usar o novo modelo, previsto para agosto de 2023.

Como a empresa nasceu

Antes de se tornar um “LinkedIn médico”, a empresa usava apelo do mundo das grandes startups para se definir, “Airbnb da saúde”. Isso porque ela nasceu em 2017, em Minas Gerais, oferecendo serviços de sublocação de escritórios médicos para outros profissionais da área.

A ideia foi dos irmãos Vinicius e Guilherme Nastrini. Médicos, os dois perceberam que o custo de montar um escritório era muito elevado e, em contrapartida, muitos amigos da área tinham que fechar os seus locais de trabalho toda vez que saiam para dar plantões ou atender em hospitais, deixando o espaço vago.

A oportunidade, observada no primeiro momento, acabou não se mostrando um negócio com potencial. Entenderam que os pacientes tinham uma relação de identificação com os espaços onde eram atendidos e o formato não ajudava. A startup funcionou só em Belo Horizonte, capital mineira, e tinha um faturamento modesto, entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês.

“Foi neste momento que percebemos uma necessidade de pivotar”, afirma Vinicius Nastrini, sócio-fundador e CEO da empresa. Em conversas com Cunha, amigo de infância e investidor em áreas de saúde como clínicas médicas e óticas, pivotaram o negócio para o modelo atual em 2019. Ricardo Cunha, pai do Bernardo, também entrou no negócio, distribuindo a participação em cerca de 25% para cada um.

Após todos os ajustes, pesquisa de mercado e desenvolvimento de site e aplicativo, a startup ressurgiu em agosto de 2021. Atualmente, está nos estados nos três estados do sul e em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, no sudeste.

Os próximos movimentos passam pela entrada em todas as capitais do nordeste e também do Espírito, fechando a região sudeste, e ainda o Distrito Federal.

“Quando entramos em um estado, nós pegamos as vagas disponíveis [pelos nossos clientes], jogamos no mercado e começamos a fazer campanhas de marketing, de tráfego para que essas vagas cheguem até os profissionais”, afirma Cunha. Desde o início da operação, a Sinaxys já divulgou mais de 3,6 mil vagas para as quais recebeu mais de 12 mil candidaturas.

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