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Juiz bloqueia US$ 40 milhões em pagamentos à Odebrecht no Equador

Uma empresa estatal recebeu ordens de não pagar o montante enquanto durarem as investigações sobre o pagamento de propinas da empreiteira

Odebrecht: "o objetivo de bloquear os pagamentos é garantir uma eventual indenização ao Equador pela construtora brasileira", disse (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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AFP

Publicado em 2 de março de 2017 às 12h51.

Última atualização em 2 de março de 2017 às 12h51.

Um juiz do Equador bloqueou 40 milhões de dólares devidos à Odebrecht , como parte de uma investigação sobre o pagamento de propinas da empresa brasileira a políticos equatorianos, informou a Procuradoria nesta quinta-feira.

"O objetivo de bloquear os pagamentos é garantir uma eventual indenização ao Equador pela construtora brasileira, que teria pago propinas no país num valor de 33,5 milhões de dólares", indica em um comunicado.

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Uma empresa estatal encarregada da administração de uma refinaria e outra de água potável que deviam cerca de US$ 40 milhões receberam a "ordem" de um juiz de Quito de não pagar o montante à Odebrecht "enquanto durarem as investigações sobre o pagamento de propinas", acrescentou.

Em dezembro passado, a Procuradoria ordenou operações de busca e apreensão nos escritórios da Odebrecht no país, enquanto a justiça proibiu temporariamente o Estado de firmar contratos com a empresa brasileira.

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou entre 2007 e 2016 cerca de 33,5 milhões de dólares a funcionários do Equador, e encontrou problemas com a aprovação de projetos em 2007 e 2008.

O presidente Rafael Correa expulsou a gigante brasileira em 2008 por irregularidades na construção de uma usina hidrelétrica. Após um acordo, a Odebrecht retornou em 2010 para o Equador.

Odebrecht e sua filial Braskem concordaram em pagar multas de 3,5 bilhões de dólares para os Estados Unidos, Suíça e Brasil por seu sistema de propinas.

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