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Itaú lucra R$ 6,2 bi no 4º trimestre; crédito volta a crescer

O maior banco privado do país anunciou nesta segunda-feira um crescimento de 8% em seu lucro do 4º trimestre em relação a um ano atrás

Itaú: estoque de empréstimos do banco fechou o ano em 593,7 bilhões de reais, um aumento de 3,2% (Vanderlei Almeida/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 21h01.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2018 às 21h31.

São Paulo - O Itaú Unibanco teve leve alta do lucro no quarto trimestre ante os três meses anteriores, uma vez que a retomada da lucrativa operação de crédito e o aumento expressivo das receitas com serviços compensaram os efeitos de maiores provisões para calotes.

O maior banco privado do país anunciou nesta segunda-feira que seu lucro recorrente de outubro a dezembro somou 6,28 bilhões de reais, alta sequencial de 0,4 por cento e de cerca de 8 por cento ante igual etapa de um ano antes.

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Impulsionado por linhas como cartão de crédito e para empresas na América Latina, o estoque de empréstimos do banco fechou o ano em 593,7 bilhões de reais, um aumento de 3,2 por cento em relação a setembro, em uma reversão de tendência depois de vários trimestres em queda diante de uma economia em recessão.

O movimento confirma a tendência mostrada por Santander Brasil e Bradesco, que na semana passada reportaram seus resultados do quarto trimestre, ambos reportando aceleração do crédito.

A queda residual da margem financeira com clientes do Itaú Unibanco com clientes sobre o terceiro trimestre, devido aos efeitos da queda da Selic, foi compensada por maiores ganhos com tesouraria, fazendo a margem financeira gerencial recuar 0,1 por cento, a 16,75 bilhões.

As receitas com serviços subiram 3,4 por cento também sequencialmente, a 8,65 bilhões de reais, também refletindo o desempenho do setor de cartões e do aumento do crédito. Em 12 meses, a alta nesta linha foi de 8,3 por cento.

O avanço dos empréstimos veio acompanhado de melhora na qualidade da carteira, com o índice de inadimplência acima de 90 dias batendo em 3 por cento, ante 3,2 por cento três meses antes e 3,4 por cento no fim de 2016. O chamado NPL creation, um espécie de indicador antecedente da inadimplência, caiu para o menor nível desde março de 2014.

Ainda assim, o custo de crédito -despesa com calotes e ajuste de valor de papéis de empresas detidos pelo banco, menos valores vencidos recuperados- cresceu 5,1 por cento na passagem do terceiro para o quarto trimestre, a 4,19 bilhões de reais. Na comparação ano a ano, o custo do crédito caiu 34 por cento.

O banco atribuiu o aumento sequencial dessa linha a maiores despesas com provisões para perdas esperadas com inadimplência, que subiram 160 milhões contra o terceiro trimestre, principalmente no banco de varejo, refletindo aumento do crédito de pessoas físicas, e na América Latina, devido à exposição a grandes empresas no Chile.

As despesas não decorrentes de juros, que incluem salários, cresceram 4,7 por cento sobre o trimestre anterior e 3,8 por cento ano a ano, para 12,38 bilhões de reais.

No fim, esse conjunto levou o Itaú Unibanco a registrar uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 21,9 por cento no quarto trimestre, alta sequencial de 0,3 por ponto percentual e de 0,8 ponto sobre um ano antes.

Projeções

O Itaú Unibanco fechou o ano fora das margens previstas para as principais linhas das previsões, com o crédito e margem piores, mas com receitas de serviços crescendo mais e as despesas administrativas subindo menos que do que as projeções.

Para 2018, o banco previu alta de 4 a 7 por cento do estoque de crédito, mas espera que sua margem com cliente oscile de um intervalo de queda 0,5 por cento a alta de 3 por cento.

O Itaú Unibanco também previu para este ano alta de 5,5 a 8,5 por cento das receitas com serviços e seguros e que suas despesas administrativas subirão de 0,5 a 3,5 por cento.

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