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International Paper adia decisão sobre nova máquina de papel

SÃO PAULO, 11 de fevereiro (Reuters) - A International Paper adiou por até dois anos a decisão de implantar uma nova máquina de papel na unidade de Três Lagoas (MS), onde a companhia já possui uma unidade produtora de 200 mil toneladas de papel por ano.   A definição deveria ter sido feita até o […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

SÃO PAULO, 11 de fevereiro (Reuters) - A International Paper adiou por até dois anos a decisão de implantar uma nova máquina de papel na unidade de Três Lagoas (MS), onde a companhia já possui uma unidade produtora de 200 mil toneladas de papel por ano.

A definição deveria ter sido feita até o último dia 31 de janeiro, mas, mesmo podendo tomar a decisão até 2012, um anúncio deverá ser feito até o final deste ano, disse Jean-Michel Ribieras, presidente da IP para a América Latina, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.

"Vamos precisar de um ano para estudar e entender melhor a economia... e também queremos estudar alternativas tecnológicas", afirmou o presidente. "Ainda há dúvidas sobre a economia."

A unidade de Três Lagoas completa um ano de operações este mês. Toda a celulose utilizada para a fabricação do papel de imprimir e escrever é fornecida pela Fibria, que possui, ao lado da IP, uma unidade produtora de 1,3 milhão de toneladas por ano.

O diretor comercial para a América Latina da IP, Nilson Cardoso, explica que a celulose adquirida da Fibria é calculada de acordo com as referências do mercado, "mas temos algumas condições especiais".

Quando foi fechado o acordo com a então Votorantim Celulose e Papel (VCP), atual Fibria, já foi definida a possibilidade de que a fábrica da IP tivesse duas máquinas produtoras de papel. "Para esta primeira máquina recebemos por tubulação 170 mil toneladas de celulose por ano", diz Cardoso.

1 MI DE TONELADAS DE PAPEL VENDIDAS

Mesmo diante de uma crise financeira de alcance global, no Brasil a International Paper teve um ano positivo, chegando aos 1 milhão de toneladas de papel vendidas. O número é cerca de 17 por cento superior ao registrado em 2008, quanto a unidade de Três Lagoas ainda não estava em operação e a companhia contava apenas com as fábricas de Luiz Antônio e Mogi-Guaçu, ambas no interior de São Paulo.

Com a nova unidade, a capacidade de produção de papel subiu de 800 mil para 1 milhão de toneladas por ano, ou 25 por cento.

As vendas líquidas da companhia no Brasil foram de 963,3 milhões de dólares, crescimento de 13 por cento ante o ano anterior, enquanto o Ebitda por tonelada, entretanto, recuou de 372 dólares para 230 dólares por tonelada (short tons).

Já as vendas de celulose cresceram 20 por cento, chegando a 173 mil toneladas. As exportações de papel subiram 51 por cento, totalizando 500 mil toneladas, enquanto os investimentos recuaram 53,5 por cento, para 87 milhões de dólares.

"Em 2008 ainda estávamos investindo na unidade de Três Lagoas", diz o diretor comercial, explicando a queda no montante investido. De acordo com ele, no ano passado a International Paper optou por reduzir o plantio para continuar investindo nas fábricas.

Para 2010, a companhia não divulga sua previsão de investimentos, mas a IP deverá destinar os recursos a manutenção e substituição de equipamentos, além da melhoria do processo de produção.

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