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IBM recua em plano de transferir postos de trabalho para Índia e Brasil

Tema da exportação de empregos torna-se ainda mais sensível em temporada de eleições

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A IBM vai diminuir o ritmo de transferência de vagas de trabalho qualificado para países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. A informação é do americano The Wall Street Journal desta quinta-feira (29/7).  Um analista ouvido pelo WSJ estima que o número de vagas canceladas nos Estados Unidos pela abertura de postos no exterior vai cair de 3 mil para 2 mil.

De acordo com o jornal, a fabricante de computadores tornou-se um pára-raios dos críticos quando no início deste ano foram revelados documentos internos pelos quais planejava transferir perto de 5 mil empregos para Índia, Brasil e outros países em desenvolvimento no prazo de dois anos, com o objetivo de economizar em salários. A maioria das vagas, afirma o WSJ, seria de programadores altamente qualificados, que recebem fora dos Estados Unidos remuneração em média 75% mais baixa.

De qualquer modo, com o início da recuperação da economia mundial, a IBM está empregando mais, pela primeira vez em 3 anos. As projeções no início do ano eram de 15 mil contratações, elevando o total de funcionários em todo mundo para 330 mil. Isso incluiria um acréscimo de 2 000 vagas nos Estados Unidos. A empresa diz que vai reduzir os custos associados a demissões e contratações e um porta-voz declarou que reciclar e reposicionar um funcionário seria 20% a 30% mais econômico que contratar um estrangeiro.

A empresa, informa o jornal, também está destinando 25 milhões de dólares para um programa de treinamento de dois anos direcionado a cerca de 5 mil empregados ameaçados pela transferência de suas vagas para outros países.

O tema da "exportação de empregos" é relançado nos Estados Unidos a cada nova campanha eleitoral. A Microsoft também vem sendo acusada de terceirizar para equipes estrangeiras o desenvolvimento de produtos importantes de seu portfólio. Ainda assim, analistas mencionados pelo WSJ afirmam que o dispêndio das empresas americanas com profissionais estrangeiros na área de sotware vai crescer para 31 bilhões de dólares em 2008, ante 10 bilhões em 2003. 

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