Hotel de luxo tira nome de Trump para não perder dinheiro
Depois que Trump foi eleito, os negócios no hotel esfriaram bastante e clientes fiéis, como a família Kardashian, deixaram de frequentar o local
Karin Salomão
Publicado em 26 de novembro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 26 de novembro de 2017 às 16h49.
São Paulo – O Trump SoHo, hotel gerenciado pela organização de Donald Trump , quer dissociar sua imagem do presidente dos Estados Unidos.
Depois que Trump foi eleito, os negócios no hotel em Nova York esfriaram bastante. Clientes fiéis, como a família Kardashian, deixaram de frequentar o local e o restaurante japonês do hotel, Koi, fechou no início deste ano. Os quartos também esvaziaram e o preço das suítes, que era de 700 dólares a diária, caiu para 400 dólares.
O hotel cinco estrelas existe há 11 anos, aberto enquanto Trump ainda era apresentador do programa O Aprendiz. Era o segundo hotel de luxo aberto pelo empresário.
No entanto, a família do presidente, através da Trump Organization, irá deixar a administração do hotel no ano que vem, de acordo com o New York Times. O hotel também irá retirar o nome Trump de seu empreendimento.
A organização não é dona do hotel, mas gerenciava suas operações no dia a dia, como faz com diversos empreendimentos. Os filhos de Trump, Donald Jr e Eric eram responsáveis pelo gerenciamento. A dona é CIM, um escritório de investimentos com sede na Califórnia.
A história do empreendimento é bastante conturbada. Ele já foi investigado por fraude e foi construído com a parceria de dois empresários russos.
A família já havia fechado um acordo para retirar o nome Trump de uma torre em Toronto, Canadá. O empreendimento havia sido alvo de protestos contra o então candidato durante as eleições do ano passado.
No entanto, outros empreendimentos que levam o nome do presidente viram seus negócios crescerem desde a eleição. É o caso do hotel Trump International, em Washington, que apresentou mais de 2 milhões de dólares em lucro no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o The Guardian.