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H&M suspende compra de couro do Brasil devido a queimadas da Amazônia

Empresa informou que as compras ficarão suspensas até ser possível comprovar que a matéria-prima não contribui para o prejuízo da floresta

H&M: empresa suspendeu compra de couro brasileiro (Leonhard Foeger/Reuters)

H&M: empresa suspendeu compra de couro brasileiro (Leonhard Foeger/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de setembro de 2019 às 19h22.

A gigante da moda H&M anunciou, nesta quinta-feira, 5, a suspensão de suas aquisições de couro do Brasil, em resposta à onda de incêndios na Amazônia.

"Devido aos importantes incêndios na parte brasileira da Floresta Amazônica e sua relação com a produção bovina, decidimos aplicar uma proibição temporária ao couro do Brasil", informou a empresa sueca em comunicado à AFP.

"A proibição ficará em vigor até que haja sistemas de garantias confiáveis para verificar que o couro não contribui para o prejuízo ambiental na Amazônia".

Neste ano, o Brasil registrou mais de 83 mil incêndios, metade deles na Amazônia. Além da seca, mais intensa durante esta época do ano, o desmatamento causado pela atividade humana é a principal razão para os incêndios, segundo especialistas.

As zonas desmatadas na Floresta Amazônica são usadas como terrenos de pasto e, quando eles esgotam seus recursos, os rebanhos são levados para outras terras, o que deixa o solo devastado.

A pecuária extensiva, cujos terrenos na Amazônia se multiplicaram por quatro durante a última geração, é o principal motivo do desmatamento, segundo Mapbiomas, plataforma colaborativa que reúne dados científicos ou informações procedentes de ONGs.

Várias marcas de vestuário, como Timberland, Vans e Kipling, de propriedade do grupo americano VF Corporation, anunciaram no fim de agosto a suspensão de suas compras de couro no Brasil.

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