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Greve ameaça Hyundai, mas fábrica no Brasil abre em novembro

Interrupção na montadora afetou vendas no mercado dos Estados Unidos, mas empresa quer expandir em novos países


	Em apenas 21 dias, a Hyundai passou a ter o menor estoque de veículos nos EUA entre as grandes montadoras
 (Kim Hong-Ji/Reuters/Reuters)

Em apenas 21 dias, a Hyundai passou a ter o menor estoque de veículos nos EUA entre as grandes montadoras (Kim Hong-Ji/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2012 às 07h36.

Seul/Detroit - A greve na Coreia do Sul deixou a Hyundai sem veículos para vender no importante mercado dos Estados Unidos justamente quando concorrentes como a Toyota estão recuperando o espaço que haviam perdido.

As disputas trabalhistas já encerradas nas fábricas sul-coreanas --que respondem por quase metade dos carros que a montadora vende nos EUA-- ameaçaram esfriar o crescimento da Hyundai e levaram a questionamentos sobre se houve erros na estratégia de expansão da companhia, que em novembro abrirá uma fábrica no Brasil.

A sul-coreana foi a única montadora a ganhar mercado nos EUA durante a crise de 2009, mas sua participação caiu para 4,8 por cento em agosto, contra 5,5 por cento um ano antes e 5,4 por cento em julho.

"Ganhamos toda essa força e, se perdermos parte desse mercado, agora será muito mais difícil recuperar", disse o presidente da Lester Glenn Auto Group e conselheiro da montadora nos EUA, Adam Kraushaar.

Em apenas 21 dias, a Hyundai passou a ter o menor estoque de veículos nos EUA entre as grandes montadoras, o equivalente à metade da Toyota e 25 por cento da General Motors, segundo a própria fabricante, citando dados da Automotive News.

As vendas totais da Hyundai caíram 4,6 por cento em agosto ante o mesmo período do ano passado, a primeira queda em mais de três anos.

A Hyundai abriu este ano sua terceira fábrica na China e iniciará em novembro as operações na unidade brasileira. A montadora não planeja abrir outras fábricas.

"Queremos voltar ao básico", disse o porta-voz Brian Sir à Reuters. "Abrir mais fábricas para aumentar as vendas não é nosso maior objetivo. O maior objetivo é nos tornar a marca de preferência. Por isso, não temos nenhum plano de abrir nova fábrica nos Estados Unidos".

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