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Google pagará grupos de mídia por notícias; Brasil é um dos escolhidos

O plano se baseará na Google News Initiative de 2018, um projeto de US$ 300 milhões criado para combater a desinformação e ajudar os sites financeiramente

Google: empresa pagará grupos de mídia por publicação de notícias (Omar Marques/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
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AFP

Publicado em 25 de junho de 2020 às 21h42.

O Google anunciou, nesta quinta-feira (25), que está disposto a pagar grupos de mídia em três países, incluindo o Brasil, para que ofereçam, gratuitamente, conteúdos de notícia que hoje são cobrados dos usuários.

O anúncio foi feito depois de batalhas legais na França e na Austrália sobre a relutância do Google em pagar as empresas de mídia pelo que publica online.

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Em uma postagem no blog institucional, o Google disse que está buscando um "programa para pagar os editores por conteúdo de alta qualidade para uma nova experiência em termos de notícias".

O vice-presidente de Gerenciamento de Produtos do Google, Brad Bender, disse que, durante meses, houve conversas com grupos editoriais - incluindo o Spiegel Group, na Alemanha; Schwartz, na Austrália; e Diários Associados, no Brasil - e que "haverá mais".

"O Google também pagará pelo acesso gratuito a artigos oferecidos sob pagamento no site do editor", diz a nota, sem dar detalhes.

Bender disse que o programa ajudará os veículos a "monetizarem seu conteúdo".

Ele acrescentou que o plano se baseará na Google News Initiative de 2018, um projeto de US$ 300 milhões criado para combater a desinformação e ajudar os sites de notícias financeiramente.

Inúmeras publicações na Europa e no mundo, incluindo a AFP, pediram à União Europeia (UE) que tomasse medidas para obrigar as empresas de Internet a pagar pela publicação do material que produzem.

Em abril, o órgão francês que monitora a concorrência nos mercados disse que o Google deveria começar a pagar os veículos de mídia por mostrar seu conteúdo. Também ordenou o início das negociações, depois que a empresa americana se recusou a se adaptar às novas regras europeias sobre propriedade intelectual digital.

No início deste mês, o Google rejeitou uma ordem australiana para indenizar a mídia local em centenas de milhões de dólares por ano, decisão estabelecida em um acordo de compartilhamento de receita.

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