O Goldman Sachs apresentou nesta terça-feira resultado trimestral acima do esperado, favorecido por agressivos cortes de custos e fortes receitas nas unidades de investimento e trading.

O banco teve lucro de 2,1 bilhões de dólares, ou 3,92 dólares por ação, no primeiro trimestre. No mesmo período do ano passado, o lucro tinha sido de 4,38 dólares por ação, excluindo o custo extraordinário da recompra de ações preferenciais.

Analistas esperavam ganho de 3,55 dólares por ação, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.

O Goldman informou ainda que vai elevar seu dividendo trimestral para 0,46 dólar por ação, ante 0,35 dólar.

A receita recuou na maioria dos segmentos do banco, com exceção de assessoria financeira e operações com ações.

Já os negócios no mercado de títulos se destacaram em relação ao último trimestre de 2011, quando os mercados ainda estavam abalados pela crise de dívida europeia.

A receita mais que dobrou no caso de subscrição de dívida e renda fixa, além de operações com commodities e moedas.

"Como a atividade de clientes permanece relativamente baixa em algumas áreas, especialmente em segmentos de investimento, acreditamos que nosso mix de negócios garante espaço significativo para crescimento de receita conforme as condições econômicas continuam melhorando", afirmou o presidente-executivo do Goldman, Lloyd Blankfein, em nota.

O banco também realizou maiores cortes de funcionários e de despesas, que devem ser os passos finais de um agressivo programa de corte de custos iniciado no segundo semestre de 2011.

A instituição reservou 4,4 bilhões de dólares para compensação e benefícios no primeiro trimestre, 16 por cento menos que um ano antes. Também foram eliminados 900 postos de trabalho, ou 3 por cento do total.

*Matéria atualizada às 11h18