Gol tem prejuízo de R$1,3 bi no 2º trimestre, pressionado por câmbio
Um ano antes, o resultado financeiro foi negativo em 425,3 milhões de reais
Reuters
Publicado em 2 de agosto de 2018 às 09h05.
São Paulo - A Gol informou nesta quinta-feira que registrou prejuízo líquido depois da participação minoritária de 1,326 bilhão de reais, um aumento de 177,6 por cento em relação à perda verificada um ano antes, pressionado pela variação cambial que pesou sobre o resultado financeiro do período.
Antes da participação de minoritários, o prejuízo líquido somou 1,272 bilhão de reais no período de abril a junho, um aumento de mais de 200 por cento em relação à perda de 409,5 milhões de reais um ano antes, com margem líquida negativa de 54 por cento.
A margem líquida após a diluição dos minoritários ficou negativa 56,3 por cento.
O resultado financeiro ficou negativo em 1,261 bilhão de reais no segundo trimestre, pressionado principalmente pela perda com a variação cambial e monetária de 1 bilhão de reais. Um ano antes, o resultado financeiro foi negativo em 425,3 milhões de reais.
A receita operacional líquida do segundo trimestre subiu 9 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, somando 2,354 bilhões de reais.
O resultado operacional, medido pelo lucro antes de juros e impostos (Ebit) somou 42,8 milhões de reais no período, alta de 92,7 por cento em relação ao mesmo período de 2017.
"A tradicional baixa temporada em viagens aéreas no Brasil foi particularmente desafiadora pela apreciação acelerada do dólar americano frente ao real e pela ruptura no equilíbrio de oferta da indústria que impactou a demanda do transporte aéreo", disse o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, em comunicado sobre do balanço trimestral.
Com o resultado do segundo trimestre, a Gol elevou sua estimativa para a despesa financeira líquida em 2018 para cerca de 800 milhões de reais, ante cerca de 650 milhões de reais na previsão anterior. Para 2019, a projeção foi mantida em cerca de 500 milhões de reais.
A Gol manteve a estimativa de crescimento da oferta total entre 1 por cento e 2 por cento este ano e entre 5 e 10 por cento em 2019.
A projeção para margem operacional (Ebit) para este ano foi mantida em cerca de 11 por cento. No entanto, para o próximo ano, a estimativa foi revisada para cerca de 12 por cento, ante cerca de 13 por cento.
A companhia aérea revisou ainda suas projeções para o resultado por ação diluído, prevendo agora para 2018 prejuízo entre 1,20 real e 1 real, ante estimativa anterior de lucro de 0,90 real a 1,10 real. Para 2019, a estimativa é de lucro entre 1,50 real e 1,90 real, ante projeção anterior de ganho entre 1,70 real e 2,30 real.