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GM demite 2.700 empregados na Venezuela após confisco de fábrica

Um tribunal venezuelano ordenou na semana passada o confisco da fábrica da GM em Valencia

GM: os trabalhadores dizem que antes do confisco ser anunciado, a GM tinha desmantelado a fábrica (Marco Bello/Reuters)
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Reuters

Publicado em 24 de abril de 2017 às 20h59.

Última atualização em 24 de abril de 2017 às 21h23.

Caracas - A subsidiária venezuelana da General Motors enviou mensagem aos quase 2.700 funcionários para informá-los que não são mais empregados da companhia e que receberam indenização trabalhista em suas contas bancárias, afirmaram dois empregados da unidade.

Um tribunal venezuelano ordenou na semana passada o confisco da fábrica da GM em Valencia, decidindo a favor de dois concessionários que tinham aberto um processo em 2000 contra a montadora, por não ter cumprido uma venda de 10.000 veículos.

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Os trabalhadores dizem que antes do confisco ser anunciado, a GM tinha desmantelado a fábrica, que não produz um veículo desde o início de 2016 por causa da escassez de peças e rígidos controles de moeda no país-membro da Opep.

A GM classificou o confisco da fábrica como "ilegal".

"Todos nós recebemos um pagamento e uma mensagem de texto", disse um funcionário trabalhou na GM por mais de uma década.

"Nossos ex-chefes nos disseram que os executivos saíram e que todos nós fomos demitidos. Não há mais ninguém (da empresa) no país", acrescentou outro funcionário que recebeu a mesma mensagem em seu celular.

Representantes da companhia não responderam de imediato pedido de comentários sobre as demissões.

A GM informou na semana passada que estava interrompendo as operações e demitindo funcionários por causa do "confisco judicial ilegal de ativos".

Nesta segunda-feira, o ministro do Trabalho da Venezuela, Francisco Torrealba, desafiou a direção da GM: "Ao atual presidente da General Motors na Venezuela, Jose Cavaileri, venha aqui, mostre sua face e compartilhe conosco as opções para restauramos a normalidade",

A GM não é a primeira empresa a demitir funcionários na Venezuela por mensagem de texto. A Clorox fez o mesmo dois anos atrás, quando anunciou sua saída do país. Os trabalhadores da empresa assumiram a fábrica depois disso.

Em 2016, a produção de veículos da Venezuela caiu para oito unidades por dia, segundo o grupo que representa o setor no país.

Dois representantes sindicais afirmaram que não tinham informações oficiais da montadora sobre as demissões, mas disseram que a maior parte dos funcionários recebeu mensagens junto com um depósito bancário.

Nenhum dos funcionários informou o valor recebido de indenização, mas os representantes sindicais disseram que a quantia era muito baixa.

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