Negócios

Gigantes do varejo americano enfrentam forte concorrência de chinesas Shein e Temu

Nos EUA, os consumidores desembolsaram em média US$ 30 no Temu, um aumento de US$ 9 em comparação com o ano anterior

China2Brazil
China2Brazil

Agência

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 18h47.

Última atualização em 30 de novembro de 2023 às 20h34.

Gigantes do varejo nos Estados Unidos, como Walmart, Target e Amazon, enfrentam uma batalha acirrada nesta temporada de compras festivas, perdendo terreno para as plataformas de comércio eletrônico chinesas Shein e Temu, de acordo com uma análise detalhada da consultoria Attain Partners.

Durante as oito primeiras horas da recente Cyber Monday, em 27 de novembro, os consumidores americanos abriram suas carteiras, desembolsando em média US$30 no Temu, um aumento de US$9 em comparação com o ano anterior. Enquanto isso, as cifras na Shein permaneceram inabaláveis, atingindo a marca de US$49, mantendo-se no mesmo patamar do ano passado.

Os dados apresentam uma narrativa intrigante, revelando a confiança e a curiosidade dos consumidores em relação a novas plataformas de compras, uma tendência destacada por Brian Mandelbaum, CEO da Attain. Essas plataformas emergentes não apenas estão atraindo uma nova clientela, mas também desafiando os gigantes consolidados, como a Amazon, em sua própria arena.

Os consumidores, ansiosos por explorar novas fronteiras de compras, sentem o vento de mudança à medida que o ímpeto dos excessos de economia dá lugar a uma abordagem mais criteriosa. Irene Tunkel, estrategista-chefe de ativos dos EUA na BCA Research, ressalta essa mudança de mentalidade. Shein e Temu, por sua vez, estão capitalizando essa dinâmica ao introduzirem itens populares a preços acessíveis. Shein, por exemplo, aumentou seu investimento em publicidade em notáveis 60% nas duas primeiras semanas de novembro, conforme relata a SensorTower, uma empresa especializada em inteligência de marketing.

Neste cenário altamente competitivo, Temu não ficou para trás, dobrando seus gastos com publicidade no mesmo período. Como destaca Jordi Ordonez, analista especializado em comércio eletrônico, essa corrida por participação de mercado demanda investimentos substanciais, uma estratégia que se mostra sensata dada a intensidade da competição.

Os números revelam uma história intrigante: entre dezembro de 2022 e março passado, a Amazon viu uma queda de 17 milhões no número de visitantes únicos nos EUA, contrastando com os impressionantes aumentos para Temu e Shein, que registraram 70,5 milhões e 41 milhões de visitantes únicos, respectivamente. Estamos testemunhando, assim, uma transformação dinâmica no panorama do comércio eletrônico, onde as novas forças estão desafiando as antigas em uma batalha pelo domínio durante esta temporada crucial de compras.

Acompanhe tudo sobre:SheinEstados Unidos (EUA)Walmart

Mais de Negócios

80 franquias baratas a partir de R$ 300 para empreender em 2025

Kichute: o que aconteceu com a marca de tênis que bombava nos anos 80

Conheça a startup que quer ser a plataforma "tudo-em-um" para advogados

Empresas gastam fortunas para garantir segurança de CEOs; veja exemplos