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General Atlantic ousa ao investir no Brasil em meio à crise

A General Atlantic, empresa americana de private equity que já investiu mais de R$ 1 bilhão no Brasil neste ano, pretende continuar comprando.

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	Assinatua de contrato: A General Atlantic está entre os poucos fundos internacionais que estão ousando comprar empresas brasileiras em meio à maior recessão da história do país
 (shironosov/ThinkStock)

Assinatua de contrato: A General Atlantic está entre os poucos fundos internacionais que estão ousando comprar empresas brasileiras em meio à maior recessão da história do país (shironosov/ThinkStock)

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Fabiola Moura, Cristiane Lucchesi

Publicado em 15 de agosto de 2016, 22h17.

A General Atlantic, empresa americana de private equity que já investiu mais de R$ 1 bilhão (US$ 318 milhões) no Brasil neste ano, pretende continuar comprando fatias em companhias que “não estão baratas”, mesmo em meio à pior crise econômica enfrentada pelo país em um século.

A General Atlantic está entre os poucos fundos de private equity internacionais que estão ousando comprar empresas brasileiras em meio à maior recessão da história do país e à instabilidade política. Embora haja sinais de que o volume de negócios tenha chegado ao fundo do poço, o total de aquisições anunciadas de empresas brasileiras caiu 34,9 por cento acumulado no ano em comparação com o mesmo período no ano passado, para US$ 13,8 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

As transações que envolvem empresas de private equity foram ainda mais afetadas, com o total caindo 72 por cento, para US$ 729,5 milhões, mostram os dados. O número de transações caiu 49 por cento, para um total de 25.

A General Atlantic está focando em indústrias não regulamentadas que atendem aos consumidores de classe média e classe alta e entre as principais transações estão uma fatia maior na corretora XP Investimentos CCTVM e um investimento na rede de farmácias Pague Menos.

Esse enfoque também significou ficar longe das transações em infraestrutura, apesar de a Operação Lava Jato ter aberto oportunidades de investimento ao enfraquecer empresas dominantes desse setor.

“As empresas que estamos olhando hoje estão todas crescendo acima de 20 por cento, mas não estão baratas”, diz Martín Escobari, chefe para a América Latina do fundo de private equity. “O rali do real e do Ibovespa reflete perspectivas melhores para o médio prazo, mas, no curto prazo, o Brasil não é um país para investidores com problemas cardíacos”.

A compra de uma participação adicional de 16 por cento na corretora XP Investimentos pela General Atlantic, anunciada em abril, foi a maior aquisição feita neste ano por uma empresa de private equity de uma companhia operando no Brasil, de R$ 450 milhões, mostram dados.

O fundo aumentará sua participação na XP, que tem sede no Rio de Janeiro, de 33 por cento para 49 por cento através de uma injeção de capital e da aquisição de uma fatia de 10 por cento pertencente à Actis. Graças aos investimentos da General Atlantic, a XP está crescendo agressivamente, buscando uma licença bancária no Brasil e também se expandindo em Nova York, Miami e Genebra, atendendo a investidores com nível de renda mais elevado diante da recuada dos bancos concorrentes.

A economia do Brasil deverá se contrair 3,5 por cento neste ano, após ter encolhido 3,8 por cento em 2015. A Operação Lava Jato ajudou a aprofundar a crise política que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. A turbulência contribuiu para a redução do volume de negócios, mesmo apesar de o presidente interino Michel Temer ter reforçado a confiança dos investidores e de o Ibovespa ter registrado uma alta de 67 por cento em dólares neste ano. O real avançou 24 por cento frente ao dólar, o maior retorno entre as moedas dos mercados emergentes.

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