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GE pode investir dinheiro de fora dos EUA ao comprar Alstom

A empresa americana acumulou US$ 57 bilhões em dinheiro fora dos EUA e deve pagar US$ 13 bilhões pela Alstom

Funcionários em fábrica de trens da Alstom: a aquisição da Alstom levaria as aquisições de empresas americanas no exterior em 2014 para mais de US$ 75 bilhões (Victor Sokolowicz/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 14h36.

Hong Kong - A General Electric Co. poderá investir parte dos US$ 57 bilhões em dinheiro que acumulou fora dos EUA para comprar a francesa Alstom SA, naquela que seria sua maior aquisição na história, disse uma fonte com conhecimento do assunto.

A GE está em negociação para investir mais de US$ 13 bilhões na fabricante de trens e usinas elétricas francesa, disseram ontem fontes com conhecimento do assunto.

O CEO Jeffrey Immelt poderá recorrer às reservas estrangeiras de dinheiro da GE para financiar a aquisição, segundo uma das fontes.

A GE se une à Pfizer Inc., que manteve negociações informais para adquirir a AstraZeneca Plc, na busca por aproveitar o dinheiro oriundo dos lucros obtidos no exterior em vez de levá-lo de volta para os EUA, onde poderia ser tributado a uma taxa mais elevada.

As empresas multinacionais acumularam US$ 1,95 trilhão fora dos EUA, 11,8 por cento a mais que um ano antes, segundo uma análise da Bloomberg News.

“Quando você tem um imposto aplicado ao dinheiro repatriado e você sabe que ainda está em crescimento em um mercado particular, faz sentido usar o dinheiro”, disse Bob Partridge, sócio-gerente para serviços de assessoria a transações da Ernst Young LLP em Hong Kong.

“As multinacionais estão olhando tanto para oportunidades orgânicas quanto para as inorgânicas”.

A aquisição da Alstom levaria as aquisições de empresas americanas no exterior em 2014 para mais de US$ 75 bilhões, montante pouco maior que o do ano passado, mostram dados compilados pela Bloomberg.

No mesmo período do ano anterior, as empresas dos EUA fecharam US$ 73 bilhões em acordos no exterior, mostram os dados.


Custo efetivo

Um acordo entre a GE, que tem sede em Fairfield, Connecticut, e a Alstom, fabricante dos trens de alta velocidade TGV, pode ser anunciado na semana que vem, dizem as fontes.

Quase dois terços dos US$ 89 bilhões de que a GE dispunha no fim de 2013 estavam fora dos EUA.

As empresas americanas estão mantendo o dinheiro no exterior para evitar pagar uma taxa de 35 por cento sobre os lucros que obtêm ao redor do mundo.

Elas pagam impostos apenas quando o dinheiro é repatriado.

Ao investir o dinheiro no exterior, o custo efetivo de uma aquisição também pode ser reduzido, o que torna as aquisições mais fáceis.

A Pfizer, maior farmacêutica do mundo, manteve negociações informais, agora descontinuadas, com a AstraZeneca para compra da fabricante de medicamentos contra asma e doenças do coração, que tem sede em Londres, disseram duas fontes com conhecimento do assunto, em 21 de abril.

A Pfizer tinha US$ 69 bilhões em dinheiro não tributado no exterior até o mês passado, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A AstraZeneca tem um valor de mercado de 51 bilhões de libras (US$ 86 bilhões).

Depois de muita especulação, o Google anunciou nesta semana a aquisição do Waze, aplicativo de navegação móvel israelense, sem revelar quanto desembolsou pela empresa. Segundo informações do site oficial do Google, a equipe de desenvolvimento do produto vai permanecer em Israel e, pelo menos por enquanto, a operação ficará separada dos demais negócios do maior site de buscas do mundo.
  • 2. Seara pela JBS

    2 /21(Divulgação/Seara)

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    A JBS , maior empresa de carnes do mundo, comprou a Seara Brasil, divisão de aves, suínos e alimentos processados da Marfrig Alimentos, em um negócio de 5,85 bilhões de reais. A intenção do negócio havia sido antecipada na edição nº 1040, de 1º maio de 2013 da revista EXAME. Com o negócio, a JBS passa a ter uma capacidade de abate diário de 12 milhões de aves por dia e torna-se a líder global no setor de aves, sendo que a empresa já lidera o mercado de carnes bovinas no mundo.
  • 3. Pearl pela AstraZeneca

    3 /21(Andrew Yates/AFP)

  • A farmacêutica AstraZeneca comprou, em junho, a companhia americana especializada em medicamentos respiratórios Pearl Therapeutics por estimados 1,15 bilhão de dólares. A compra é uma importante aposta da companhia na área de produtos respiratórios. Trata-se da segunda aquisição feita pela empresa no ano. A primeira foi a da Omthera Pharmaceuticals por 443 milhões de dólares para fortalecer a área de medicamentos cardiovasculares.
  • 4. Alphaville pela Gafisa

    4 /21(Germano Lüders/EXAME.com)

    A Gafisa entrou em acordo com os sócios fundadores de Alphaville para finalizar a aquisição da participação remanescente de 20% no capital de Alphaville por 367 milhões de reais. O negócio foi fechado com ajuda financeira dos fundos de investimentos Blackstone e Pátria que, em contrapartida, ficarão com 70% da empresa de loteamento.
  • 5. SoftLayer pela IBM

    5 /21(Getty Images)

    Para fortalecer seus negócios em computação em nuvem, a IBM pagou estimados 2 bilhões de dólares pela empresa do ramo SoftLayer Technologies, que tem cerca de 21 mil clientes em seus 13 data centers nos Estados Unidos, Europa e Ásia. A aquisição pode ajudar a IBM a competir mais agressivamente com a Amazon.com, líder no serviço de computação em nuvem para pequenas e médias empresas.
  • 6. Dicico pela Falabella

    6 /21(Divulgação)

    O grupo chileno Falabella comprou 50,1% da brasileira Dicico por 388 milhões de reais. A transação foi feita por meio da Sodimac Brasil, empresa criada para esta finalidade. Com presença na Colômbia, Peru, Argentina e Chile, o conglomerado do Chile tem negócios na área de bancos, seguros, viagens, shopping centers, supermercados e materiais de construção. São quase 90.000 funcionários espalhados pelos quatro países. Em abril, a revista EXAME havia adiantado na edição 1038 a intenção de venda da Dicico para a expansão do negócio.
  • 7. Tumblr pelo Yahoo!

    7 /21(Reuters)

    Em maio, o Yahoo! anunciou a compra do Tumblr, rede social de blogs, por 1,1 bilhão de dólares, valor superior ao que foi gasto pelo Facebook na compra do app Instagram no ano passado. Lançado em 2007 pelo jovem David Karp, o Tumblr era um espaço para pessoas publicarem suas criações e se informar acerca do conteúdo produzido por outros membros desta “comunidade criativa”, expressão usada por Karp para identificar os usuários do site. Desde julho, quando Marissa Mayer assumiu a presidência companhia, a executiva já liderou várias aquisições.
  • 8. Automação da Itautec pela Oki

    8 /21(Wikimedia Commons)

    A Itaúsa, controladora da Itautec, vendeu 70% de participação das atividades de automação bancária e comercial e de prestação de serviços para a japonesa Oki, fabricante de sistemas IP-PBX, call center e impressão. A operação deve ser concluída em dezembro deste ano, conforme estimativa da Itaúsa, e está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
  • 9. Credicard pelo Itaú

    9 /21(Dilvugação/Montagem/EXAME.com)

    O Itaú comprou a Credicard do banco Citibank por 2,97 bilhões de reais, transação antecipada pela Folha de São Paulo em maio. O potencial do negócio para o comprador é imenso. Além do Itaú e Citi já compartilharam o controle sobre a Credicard no passado, em uma parceria desfeita em 2006, a Credicard tem 7 milhões de plásticos, estima o mercado, e teria sido responsável por cerca de 4,5% das transações feitas por brasileiros no exterior, um número que beirou aos 500 bilhões de reais em 2011.
  • 10. 40% da OGX pela Petronas

    10 /21(Fred Prouser / Reuters)

    Depois de muita especulação, a OGX, do empresário Eike Batista, teve 40% de participação vendida para a Petronas, empresa produtora de petróleo e gás natural do governo da Malásia, por 850 milhões de dólares. Além da participação de 40% nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, a Petronas terá ainda uma opção de compra de 5% do capital total da OGX a um preço de 6,30 reais por ação até abril de 2015.
  • 11. IMC por Warren Buffett

    11 /21(Jim Urquhart / Reuters)

    Depois de se associar ao fundo 3G Capital para levar a Heinz por 23 bilhões de dólares, em fevereiro, Warren Buffett anunciou outra aquisição de porte fechada pela Berkshire Hathaway, sua holding de investimentos: a compra de 20% da IMC (International Metalworking Companies) por 2,05 bilhões de dólares. Em junho, o conglomerado do investidor ainda pagou 5,6 bilhões de dólares mais dívidas pela fornecedora de gás e eletricidade NV Energy.
  • 12. Best Buy na Europa pela Carphone

    12 /21(Stephen Lam/Reuters)

    A empresa americana Best Buy deixou o mercado europeu com a venda de sua participação na filial regional ao sócio Carphone Wharehouse Group. A venda foi fechada por 763 milhões de dólares, em dinheiro e ações do grupo britânico Carphone, que o grupo americano se compromete a conservar por pelo menos um ano.
  • 13. 24% da Jet Airways pela Etihad

    13 /21(Divulgação)

    A companhia aérea Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos, comprou 24% da indiana Jet Airways por estimados 379 milhões de dólares. A investida garantirá à empresa o acesso ao mercado indiano, cujo número de passageiros deve aumentar para 42 milhões de pessoas nos próximos cinco anos. Se confirmada, a expansão representará uma taxa de crescimento de 10% ao ano. A empresa anunciou nesta semana que começa a operar no Brasil em junho.
  • 14. Onofre pela CVS

    14 /21(GettyImages/Reprodução)

    A Drogaria Onofre foi comprada pela americana CVS Caremark, um colosso com mais de 7 000 farmácias e faturamento anual superior a 120 bilhões de dólares, por um valor estimado em 600 milhões de reais. A aquisição contemplou 44 farmácias da rede brasileira e foi descrita como ideal "para expansão internacional financeiramente disciplinada".
  • 15. Itambé pela Vigor

    15 /21(Germano Luders/EXAME/Exame)

    Em fevereiro, a Vigor, empresa de laticínios do grupo J&F, comprou 50% da cooperativa mineira Itambé, por 410 milhões de reais. Com o acordo, a dívida da Itambé cai de 5,3 vezes sua geração de caixa para 1,3. O negócio havia sido antecipado pela coluna Primeiro Lugar, de EXAME.
  • 16. Wise Up pela Abril Educação

    16 /21(foto/Divulgação)

    No início de fevereiro, a Abril Educação fez a sua maior aquisição até agora: comprou por 877 milhões de reais a escola de inglês Wise Up. O negócio, além de o maior, foi o sétimo realizado pela empresa nos últimos meses. O valor será pago em etapas e poderá sofrer alteração em função do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Wise Up apurado para o exercício social de 2012.
  • 17. Heinz pela 3G e Buffett

    17 /21(Oli Scarff/Getty Images)

    O investidor americano Warren Buffett e os brasileiros do fundo 3G Capital, donos da Ambev e do Burger King, se unirem para comprarem, juntos, a empresa de alimentos Heinz, em um negócio avaliado em 28 bilhões de dólares, incluindo dívidas. Em comunicado ao mercado, a Berkshire Hathaway, holding de investimentos de Buffett, e o 3G, do trio formado pelos bilionários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, afirmaram ter desembolsado 72,50 dólares por cada ação da empresa, com um prêmio de 20% sobre a última cotação dos papéis, que fecharam o pregão de ontem a 60,48 dólares.
  • 18. Chrysler pela Fiat

    18 /21(Mansi Thapliyal/Reuters)

    Em janeiro, a Fiat exerceu sua opção de compra de mais 3,3% do capital da montadora norte-americana Chrysler, detido pelo fundo de pensão Veba, dos Estados Unidos. A montadora italiana pagou 198 milhões de dólares pelo negócio. Com a aquisição, a Fiat, que já era majoritária na Chrysler, passa a controlar 65,17% do capital da montadora de Detroit.
  • 19. BTG fecha três negócios

    19 /21(Gustavo Kahil/EXAME.com)

    Em janeiro, o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, fechou duas operações, uma de compra e outra de venda. A empresa fechou a aquisição do combalido Bamerindus por 418 milhões de reais – negócio antecipado por EXAME. E vendeu os 6,5% de participação que detinha na concessionária de estradas Ecorodovias para Impregilo por 255 milhões de dólares.
  • 20. Harry Winston pela Swatch

    20 /21(.)

    A Swatch anunciou em meados de janeiro a compra da americana Harry Winston, famosa por suas joias e relógios de luxo. Além do pagamento de 750 milhões de dólares, a Swatch também irá assumir dívidas avaliadas em 250 milhões de dólares, elevando o valor da aquisição para 1 bilhão de dólares.

  • 21. Agora, veja quem deu tchau a países e fábricas

    21 /21(John Kolesidis/Reuters)

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