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Gasta mais de R$ 200 com luz? Esta empresa promete economia de até 20% na sua conta

Juntos Energia, braço da pernambucana Elétron Energy para clientes pessoa física, quer atender 1 milhão de consumidores no Brasil até o fim de 2025 com energia renovável — e mais barata

José Otávio Bustamante, fundador e CEO; Rodrigo Protazio, CTO, Vitor Mesquita, COO; Cleber Paradela, CMO; Leandro Caldas, Head of Sales/Business da Juntos Energia: em busca do consumidor com conta de luz a partir de 200 reais (Divulgação/Divulgação)
LB

Leo Branco

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 09h00.

Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 09h40.

Depois de conquistar mais de 2 bilhões de reais em vendas anuais no mercado livre de energia, onde estão boa parte das grandes empresas do país, a pernambucana Elétron Energy está de olho no consumidor pessoa física em busca de economias na conta de luz.

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O que faz a Elétron Energy

A Elétron foi fundada em 2012, no Recife, pelo empresário André Cavalcanti, então sócio de uma companhia focada em projetos de geração de energia renovável.

A Elétron ganhou relevância no mercado de energia brasileiro com a operação de 80 usinas de energia solar e três pequenas centrais hidrelétricas espalhadas em estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A energia vinda dali é somada à adquirida com outras geradoras com atuação no mercado livre, uma espécie de Bolsa de contratos para fornecimento de energia.

Atualmente, pela legislação brasileira, só consumidores de pelo menos 500 kilowatt — algo como um gasto mensal de 140.000 reais — podem estar no mercado livre.

Por ora, a Elétron abastece 600 empresas no mercado livre de energia.

Quando a Elétron compra a Juntos

A aposta no consumidor pessoa física ganha força na Elétron em função de dois momentos da empresa:

O negócio da Juntos é levar a energia produzida em usinas solares e eólicas a residências e pequenas empresas.

A vantagem do modelo é a economia: nos cálculos da empresa, clientes economizam até 20% na conta de luz na comparação com o gasto com as fontes tradicionais, fornecidas por concessionárias de energia.

"Tudo isso sem necessidade de instalação de placas fotovoltaicas no telhado de casa ou taxas de adesão ao modelo", diz José Otávio Bustamante, engenheiro eletricista com dez anos de experiência em energias renováveis e um dos fundadores da Juntos. Junto a ele está o cofundador Rodrigo Protázio.

O projeto nasceu a partir do trabalho acadêmico de um curso da plataforma edx.org criado pelas universidades Harvard e MIT, nos Estados Unidos.

Ao final do curso, 400 protótipos foram submetidos, e o modelo de painel solar híbrido criado por José Otávio acabou entre os 20 selecionados para aprofundar a prototipação ao Prototype Camp no Sloan School of Management do MIT.

Foi através da troca com outros especialistas em geração de energia que o empreendedor decidiu criar um projeto baseado no modelo de negócio atual da empresa, focando no serviço de compartilhamento de energia.

Como é possível economizar 20% na conta de luz

A luz fornecida pela Juntos acaba saindo mais em conta para o consumidor final em função da série de incentivos fiscais às energias renováveis em prática hoje no Brasil.

A eletricidade passa por torres de transmissão e postes da própria concessionária.

Além disso, a fatura pelo serviço da startup Juntos vem num modelo de assinatura mensal, nos moldes de uma conta de luz tradicional.

A fatura pode ser vista num app da própria Juntos com um UX desenhado para dar o bê-a-bá da cadeia de energia até ao mais leigo no assunto.

"Somos a primeira empresa brasileira a conectar usinas às redes das concessionárias através de um modelo de assinatura", diz Bustamante.

O modelo de negócio da Juntos tornou-se possível após duas resoluções da Aneel, a agência regulatória do setor, e a lei 14.300, sancionada neste ano, permitirem a conexão de fazendas de de geração de energia solar e eólicas ao consumidor final utilizando a estrutura de distribuição das próprias concessionárias.

Quem pode ser cliente

A empresa possui hoje mais de 20.000 clientes, sendo mais de 90% pessoas que moram em apartamentos ou casas, com contas acima de 200 reais.

O público-alvo da Juntos, hoje, são consumidores pessoa física ou empresa de pequeno e médio porte com contas acima de 200 reais por mês.

Recentemente a procura de pequenas e médias empresas pelo serviço cresceu, representando 80% das novas aquisições, diz Bustamante.

"Entre elas estão comércios como padarias, farmácias, bares, açougues, restaurantes e academias, além de escritórios e pequenas fábricas", diz.

Para onde vai a empresa

Para isso contratou os executivos Cleber Paradela, ex-diretor global de marketing criativo da DiDi Chuxing, gigante chinesa controladora do aplicativo 99 no Brasil e Leandro Caldas Melito, executivo de vendas com mais de 25 anos de experiência em varejo para pessoa física e jurídica em empresas como Claro, Telefônica e Vivo.

A empresa opera em Minas Gerais e em breve oferecerá portabilidade de energia também em:

Para isso está fazendo uma série de parcerias e aquisições de mini e micro usinas, ofertando não apenas energia solar, mas também eólica, hidrelétrica e biomassa, gerada a partir de resíduos e matéria orgânica, mantendo com isso a exclusividade ter em sua operação apenas fontes de geração de energia renováveis, diz João Henrique Perez Santos, CFO da Elétron Energy.

Até o fim de 2025, a meta da Juntos é chegar a 1 milhão de clientes no Brasil. Para chegar lá, os sócios contam com a expansão nacional do negócio.

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