“Garantimos segurança ao cliente”, diz executivo da Azul sobre novos voos
A companhia aérea anunciou nesta quarta-feira, 10, que vai elevar a oferta para 242 voos diários até julho, diante do aumento gradual da demanda no país
Juliana Estigarribia
Publicado em 10 de junho de 2020 às 20h00.
Última atualização em 10 de junho de 2020 às 20h09.
A Azul anunciou nesta quarta-feira, 10, que pretende chegar a 242 voos diários (em dias-pico) a partir de julho, um acréscimo de 42% frente à malha atual. A empresa reabrirá seis bases de operação, incluindo o aeroporto internacional de Guarulhos, o maior do país.
"Faremos oque for possível, dentro das variáveis que pudermos controlar, para garantir a segurança dos clientes", afirma André Mercadante, gerente-geral de planejamento de malha da Azul, em entrevista à EXAME.
A companhia informou que passará a operar 23 novos mercados em julho. A principal base operacional da Azul, no país, fica em Campinas, interior de São Paulo e, com as adições, o aeroporto terá 62 voos diários para 33 destinos.
Mercadante explica que o planejamento de oferta de voos da empresa tem sido feito toda semana, diante da complexidade da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, inicialmente a companhia abriu operações em localidades cuja mobilidade no entorno era mais restrita, com distâncias muito longas entre as cidades.
Agora, a Azul tem detectado aumento gradual da demanda principalmente pelas buscas de passagens no sistema da empresa. "O que temos percebido é que a demanda corporativa ainda é muito tímida, mas os consumidores têm procurado passagens para se deslocar por motivos pessoais", diz Mercadante.
No pico da pandemia, em abril, a receita da Azul quase desapareceu: o número de voos caiu de 900 para cerca de 70 por dia-pico. Agora, de acordo com o executivo, a tendência é que a demanda volte a crescer. "Apesar dos dados de contágio da covid-19, as pessoas continuam precisando se deslocar, principalmente equipes de saúde. A demanda deve voltar gradualmente."
Medidas de segurança
Além do uso obrigatório de máscaras durante o voo, a Azul passou a oferecer kits com luvas, álcool em gel e lenço umedecido para uso dos clientes e da tripulação. A companhia informa que vem usando descontaminantes bactericidas que contam com um princípio ativo que "elimina o vírus da covid-19 em 99,99% dos casos."
Ao término de cada etapa de voo, a equipe de limpeza desinfeta todos os locais em que os clientes possam ter contato, como cintos de segurança, bandejas das poltronas, apoios de braços, persianas e bagageiros da cabine.
No entanto, a sugestão de bloquear o assento do meio das fileiras não será implementada pela Azul. "Não somos os únicos a não adotar essa medida", diz Mercadante.