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Galeria do Rock tem 30 lojas fechadas e outras 400 com futuro incerto

Ícone da região central da capital paulista, o centro de compras abriga, em sua maioria, pequenas empresas familiares, impactadas pelo coronavírus

"Shopping Center Grandes Galerias" ou "Galeria do Rock". (Bia Parreira/Exame)
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Juliana Estigarribia

Publicado em 30 de abril de 2020 às 11h13.

Última atualização em 30 de abril de 2020 às 11h30.

Ícone da região central da capital paulista, a Galeria do Rock, que reúne 450 lojas, passa por dificuldades. Diante da pandemia do novo coronavírus , lojistas foram obrigados a baixar as portas temporariamente, mas ao menos 30 deles não aguentaram e fecharam de vez. O futuro de outras 400 lojas é incerto.

A Galeria do Rock fechou no dia 20 de março deste ano para atender às medidas de isolamento social, em meio à pandemia, e estava preparada para voltar no  último dia 15 de abril.

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Segundo o condomínio, os lojistas estimavam receber 10% do volume de visitantes que costumavam frequentar o local, mas hoje não há "perspectiva alguma para reabertura", informa a galeria em comunicado.

Com um público diário estimado em 10.000 pessoas, a Galeria do Rock é formada, em sua maioria, por micro e pequenas empresas, de negócios familiares. Em média, lojistas funcionam no local há 14 anos e os negócios são variados, mas giram em torno principalmente das temáticas de rock, skate, tatuagem e hip hop.

A crise dos últimos meses obrigou empresários que tinham mais de uma loja na galeria - ou um espaço de vendas e outro de estoques - a fechar uma das unidades para reduzir custos. Hoje, são cerca de 200 CNPJs ativos dentro da galeria.

Segundo o condomínio, a Galeria do Rock "é um espaço totalmente aberto, arejado e com grande espaço no seus corredores" e, na reabertura, haverá limite de duas pessoas por loja, utilização obrigatória de máscaras para entrar na galeria e álcool gel disponível em todo o local.

De outras crises

A Galeria do Rock vinha tentando se recuperar da crise econômica do país entre 2014 e 2016. "O ano de 2019 foi de recuperação, sem grandes perdas. Em alguns meses, tivemos até um aumento nas vendas", diz o condomínio em nota.

Em função desse pequeno crescimento, em 2019 houve a criação de cerca de 200 empregos temporários nos meses de novembro e dezembro para atender à demanda das vendas de Natal.

Galeria do Rock, em São Paulo: arquitetura icônica (Rafael Neddermeyer)

No entanto, a pandemia da covid-19 novamente atrapalhou os planos de retomada do local. Nos últimos anos, a Galeria do Rock estima cerca de 400 demissões nas lojas. No total, são aproximadamente 1.400 empregos diretos.

O problema da falta de crédito para pequenos empresários, acrescenta a galeria, piora o horizonte dos lojistas. A maior parte do faturamento acontece aos sábados, mas com o isolamento social, a receita bruta média, por mês, de 8,9 milhões de reais, está longe de acontecer.

"Entendemos a gravidade da pandemia e todos os cuidados serão tomados para a reabertura. Estamos torcendo para que tudo melhore para todos, mas precisamos saber quando seremos autorizados a voltar a trabalhar", diz o comunicado.

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