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FT destaca Petrobras, Embraer e Embrapa por inovação

Jornal destaca em artigo de abertura necessidade do país de abraçar pesquisa para elevar produtividade da economia e estimular empreendedorismo criativo

Funcionários da Petrobras: suplemento traz casos emblemáticos de empresas e centros de pesquisa que estão viabilizando inovações tecnológicas no Brasil (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 14h27.

São Paulo - Dois dias depois do leilão do Campo de Libra, que deve requerer US$ 180 bilhões de investimentos - boa parte dedicada ao desenvolvimento de tecnologia para a exploração de petróleo a 7 mil metros de profundidade no mar -, o Financial Times (FT) traz nesta quarta-feira, 23, um suplemento de quatro páginas sobre inovação e pesquisa no Brasil.

No artigo de abertura, o jornal britânico destaca a necessidade do país de abraçar a pesquisa para elevar a produtividade da economia e estimular o empreendedorismo criativo, pois não basta para a nação ser uma grande exportadora de commodities.

O suplemento traz casos emblemáticos de empresas e centros de pesquisa que estão viabilizando inovações tecnológicas no Brasil. O primeiro focaliza a Petrobras, que investiu em pesquisa e desenvolvimento US$ 1,14 bilhão no ano passado, mais que outras gigantes internacionais do setor de energia, como Sinopec, BP, Total e Exxon.

Um dos objetivos dos gastos é elevar a eficiência de produção da companhia, que passa por um processo de estagnação desde o início de 2012.

Entre os maiores projetos realizados pela Petrobras, está a criação de dois fluidos sintéticos em parceria com a companhia norte-americana Baker Hughes.

Os produtos vão facilitar a extração de petróleo dos campos localizados na camada de pré-sal. Outra novidade é que a estatal desenvolveu no começo deste ano uma técnica de exploração de óleo num ângulo de 85 graus, o que vai permitir expressivas reduções de custos de produção.

O FT também expõe o caso da Embraer, uma das principais fabricantes de aviões de médio e pequeno porte no mundo. A empresa desenvolveu um modelo de negócio no qual seus engenheiros desenham o corpo da aeronave, asas e cauda, mas utilizam uma cadeia global de fornecedores de componentes.


Isto permite que a companhia possa adotar as melhores tecnologias disponíveis com preços competitivos. Seus aviões podem ter motores da Pratt & Whitney, sistemas de navegação da Northrop Grumman, ambas empresas norte-americanas, e sistema de reabastecimento aéreo da britânica Cobham.

Há um destaque para o desenvolvimento de um avião de transporte militar para a Aeronáutica do Brasil, o KC-390, que vai competir com o C-130 Hércules, desenhado pela Lockheed Martin. O projeto tem um total de 80 ordens de pedidos, que incluem também outros países, como Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.

A Embrapa também é destaque do suplemento especial do FT. A companhia investiu R$ 3,5 bilhões em uma década para desenvolver um feijão geneticamente resistente ao vírus mosaico dourado, que desenvolve uma das mais danosas doenças para a leguminosa na América do Sul. De acordo com a reportagem, este feijão estará no mercado em 2015.

O jornal também enfatiza a produção de grãos no Brasil geneticamente modificados. No caso da soja, 85% da produção nacional está nesta categoria. Dentre as multinacionais que atuam nessa cultura está a Monsanto.

Redes sociais

Mas a inovação no Brasil, aponta o FT, também está nas ruas, especialmente nas redes sociais, viabilizada por avanços em telecomunicações. O jornal ressalta que o País é o segundo mercado mundial para o Facebook, um campo muito fértil para empresas que atuam diretamente com a internet.

Há no mercado nacional 270 milhões de aparelhos celulares em atividade, número que deve subir para 350 milhões em 2018, segundo um estudo da Ericsson. E o tráfego de dados deve aumentar 12 vezes nos próximos cinco anos.

A reportagem destacou que o uso das redes sociais foi fundamental para as manifestações populares por melhores serviços públicos em junho, que envolveram cerca de um milhão de pessoas em grandes capitais.

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O suplemento traz casos emblemáticos de empresas e centros de pesquisa que estão viabilizando inovações tecnológicas no Brasil. O primeiro focaliza a Petrobras, que investiu em pesquisa e desenvolvimento US$ 1,14 bilhão no ano passado, mais que outras gigantes internacionais do setor de energia, como Sinopec, BP, Total e Exxon.

Um dos objetivos dos gastos é elevar a eficiência de produção da companhia, que passa por um processo de estagnação desde o início de 2012.

Entre os maiores projetos realizados pela Petrobras, está a criação de dois fluidos sintéticos em parceria com a companhia norte-americana Baker Hughes.

Os produtos vão facilitar a extração de petróleo dos campos localizados na camada de pré-sal. Outra novidade é que a estatal desenvolveu no começo deste ano uma técnica de exploração de óleo num ângulo de 85 graus, o que vai permitir expressivas reduções de custos de produção.

O FT também expõe o caso da Embraer, uma das principais fabricantes de aviões de médio e pequeno porte no mundo. A empresa desenvolveu um modelo de negócio no qual seus engenheiros desenham o corpo da aeronave, asas e cauda, mas utilizam uma cadeia global de fornecedores de componentes.


Isto permite que a companhia possa adotar as melhores tecnologias disponíveis com preços competitivos. Seus aviões podem ter motores da Pratt & Whitney, sistemas de navegação da Northrop Grumman, ambas empresas norte-americanas, e sistema de reabastecimento aéreo da britânica Cobham.

Há um destaque para o desenvolvimento de um avião de transporte militar para a Aeronáutica do Brasil, o KC-390, que vai competir com o C-130 Hércules, desenhado pela Lockheed Martin. O projeto tem um total de 80 ordens de pedidos, que incluem também outros países, como Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.

A Embrapa também é destaque do suplemento especial do FT. A companhia investiu R$ 3,5 bilhões em uma década para desenvolver um feijão geneticamente resistente ao vírus mosaico dourado, que desenvolve uma das mais danosas doenças para a leguminosa na América do Sul. De acordo com a reportagem, este feijão estará no mercado em 2015.

O jornal também enfatiza a produção de grãos no Brasil geneticamente modificados. No caso da soja, 85% da produção nacional está nesta categoria. Dentre as multinacionais que atuam nessa cultura está a Monsanto.

Redes sociais

Mas a inovação no Brasil, aponta o FT, também está nas ruas, especialmente nas redes sociais, viabilizada por avanços em telecomunicações. O jornal ressalta que o País é o segundo mercado mundial para o Facebook, um campo muito fértil para empresas que atuam diretamente com a internet.

Há no mercado nacional 270 milhões de aparelhos celulares em atividade, número que deve subir para 350 milhões em 2018, segundo um estudo da Ericsson. E o tráfego de dados deve aumentar 12 vezes nos próximos cinco anos.

A reportagem destacou que o uso das redes sociais foi fundamental para as manifestações populares por melhores serviços públicos em junho, que envolveram cerca de um milhão de pessoas em grandes capitais.

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