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Ford vê queda em lucro por ação no 1º trimestre

A Ford informou que as vendas de automóveis nos EUA em 2017 devem cair ligeiramente para 17,7 mi de unidades, ante recorde de 17,9 mi em 2016

Ford: as ações da montadora reagiram negativamente ao anúncio (Carlos Jasso/Reuters)
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Reuters

Publicado em 23 de março de 2017 às 15h46.

Detroit - A Ford Motor informou nesta quinta-feira que prevê lucro por ação menor no primeiro trimestre devido ao gasto mais alto com commodities, garantias e investimentos, assim como à queda nos volumes de venda, especialmente de frotas.

As ações da montadora reagiram negativamente ao anúncio, que precedeu uma apresentação a investidores do vice-presidente financeiro, Bob Shanks. Por volta das 15h, os papéis recuavam 0,8 por cento.

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A indústria automotiva norte-americana continua vendo carros perderam participação de mercado para caminhonetes e utilitários (SUVs), à medida que os preços mais baixos dos combustíveis encorajaram os consumidores a optar por modelos maiores, que se tornaram mais eficientes nos últimos anos.

"Achamos que podemos fazer mais com caminhonetes, achamos que podemos fazer mais com veículos utilitários, podemos fazer mais com performance e temos planos em andamento para isso", disse Shanks. "Achamos que isso pode resultar em uma posição ainda mais forte para nós nos próximos anos."

A Ford informou que as vendas de automóveis nos EUA em 2017 devem cair ligeiramente para 17,7 milhões de unidades, ante recorde de 17,9 milhões em 2016. Para 2018, a montadora projeta 17,5 milhões de unidades.

Mas analistas monitoram as condições para ver se o boom de vendas está perdendo força. A Ford projeta as vendas de automóveis na China, principal mercado automotivo do mundo, devem recuar para 27,2 milhões neste ano, ante 27,5 milhões em 2016.

"Acreditamos que o anúncio da Ford hoje é a confirmação inicial de nossa tese de investimento de que o preço está se deteriorando na América do Norte e em mercados internacionais selecionados, particularmente na China", disse o analista Joseph Amaturo, do Buckingham Research Group, em nota a clientes.

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