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Força Aérea dos EUA defende contrato vencido por Embraer

A Beechcraft tem protestado contra o contrato de 428 milhões de dólares concedido pela Força Aérea à Embraer


	Embraer: a companhia possui 1;200 funcionários nos EUA
 (Wikicommons)

Embraer: a companhia possui 1;200 funcionários nos EUA (Wikicommons)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 17h18.

Washington - A Força Aérea dos Estados Unidos defendeu nesta segunda-feira sua decisão de conceder à Embraer e sua sócia Sierra Nevada um contrato de 428 milhões de dólares para a entrega de 20 aviões de ataque leve, apesar de enfrentar protestos renovados da Beechcraft.

"Estamos confiantes que esta decisão é bem fundamentada e que as propostas dos ofertantes foram total e justamente consideradas dentro do critério de avaliação", disse o porta-voz da Força Aérea, Ed Gulick, que não tinha nenhum comentário imediato sobre se seria emitida uma ordem de paralisar as encomendas.

A Beechcraft, conhecida anteriormente como Hawker Beechcraft, afirmou na sexta-feira passada que vai protestar contra a decisão, que se seguiu após uma nova concorrência realizada no ano passado.

A Embraer e a Sierra Nevada venceram um contrato inicial de 355 milhões de dólares em dezembro de 2011 para o fornecimento de aviões Super Tucano a serem usados no Afeganistão, mas a licitação foi suspensa após ser contestada pela Hawker Beechcraft.

O novo protesto é o capítulo mais recente de uma saga sobre a aquisição de equipamento militar envolvida com política. Representantes brasileiros expressaram desânimo no ano passado quando o contrato original com a Embraer foi suspenso, e consequências políticas do caso também surgiram na campanha eleitoral presidencial dos EUA.

A Força Aérea norte-americana desistiu de conceder o contrato inicial à Sierra Nevada e Embraer depois que encontrou "deficiências no processo de documentação que não poderia confirmar a adequação da decisão anterior", disse Gulick.

Nesta segunda-feira, ele disse que o mais recente contrato concedido à Sierra Nevada e Embraer envolveu um novo "time de avaliação, conselheiros internos e externos e uma nova autoridade para seleção".


Um órgão do governo norte-americano que supervisiona compras federais questionadas tem até 100 dias para decidir sobre o assunto.

A Beechcraft saiu de um processo de concordata no mês passado. A fabricante disse em um comunicado que a decisão da Força Aérea coloca 1.400 empregos em risco no Estado do Kansas e outros locais nos EUA.

Na noite de sexta-feira, a Embraer e Sierra Nevada disseram que sua oferta na competição dá garantia a manutenção de mais de 1.400 empregos nos EUA e acrescentou que o Super Tucano será montado em Jacksonville, na Flórida.

A Sierra Nevada conta com 2.500 trabalhadores e a Embraer tem 1.200 funcionários nos EUA.

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