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Filho do comandante Rolim abre nova rede de óticas de luxo

Depois de comprar a Óticas Carol, Marcos Amaro vai investir 10 milhões de reais na Op Art para vender óculos de grife

Marcos Amaro: herdeiro da TAM investe em óculos de luxo (--- [])

Marcos Amaro: herdeiro da TAM investe em óculos de luxo (--- [])

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Dono de uma das três maiores redes de óticas do país - a Carol, que deve fechar o ano com 280 lojas -, Marcos Amaro decidiu investir agora no segmento de óculos de luxo. Há poucos dias, o empresário de 24 anos, filho do comandante Rolim e um dos herdeiros da TAM, inaugurou a primeira loja da OP Art em um dos endereços mais sofisticados de São Paulo - a rua Oscar Freire. O novo negócio é focado na venda de óculos de sol de grifes badaladas como Burberry, Persol, Oliver Peoples e Salvatore Ferragamo. "Percebemos que o público de alto padrão não tinha lojas adequadas no segmento de óculos de sol", afirma Amaro. Além das marcas representadas, Amaro também está desenvolvendo uma marca própria para esse segmento. A coleção deve ser lançada no primeiro semestre de 2010.

Inspirado no movimento artístico da optical art, nascido nos anos 60 e que privilegia texturas e traçados para criar sensações visuais, o conceito visual da nova loja foi desenvolvido pelo publicitário Washington Olivetto. O projeto da loja é do arquiteto Ruy Ohtake e conta com 150 metros quadrados de área. Nos primeiros dias de funcionamento, o tíquete médio de vendas da unidade ficou em 650 reais. O portfólio conta com produtos entre 400 e 3.000 reais. Na Óticas Carol, por exemplo, o tíquete médio de vendas é de 250 reais. Além disso, o que os clientes mais procuram na Carol são os óculos de grau prescritos pelos oftalmologistas.

Amaro planeja investir 10 milhões de reais até o final de 2010 para abrir mais cinco unidades - todas em shopping centers. As unidades deverão ser menores que a da Oscar Freire, com cerca de 40 metros quadrados. A segunda loja deve ser aberta no primeiro trimestre, quando a expansão do Shopping Páteo Higienópolis, na capital paulista, for concluída. Se os planos forem cumpridos, a Op Art deve encerrar 2010 também com faturamento de 10 milhões de reais. "Nossa intenção é atingir 20 lojas nos próximos três anos", diz Amaro. Com isso, o faturamento da rede somaria de 30 a 35 milhões de reais.
 


Carreira no setor

Amaro já atua no setor ótico desde 2004, quando fundou a Amaro Participações para importar óculos de luxo da grife TAG Heuer. Dois anos depois, a empresa tornou-se uma holding para abarcar investimentos em outros setores, e a importadora de óculos passou a se chamar WL, com um portfólio de marcas ampliado.

Mas a grande tacada de Amaro nesse ramo foi a compra do controle da Óticas Carol - uma das maiores do setor - em maio de 2008. O mercado avalia que o negócio foi fechado por cerca de 40 milhões de reais. Sua meta é atingir 600 pontos-de-venda da Carol nos próximos quatro anos, e dobrar seu faturamento, hoje na casa dos 200 milhões de reais.

Amaro também criou, neste ano, uma gestora de investimentos - a Arbela, com um patrimônio de 90 milhões de reais. E, seguindo os passos do pai, estuda entrar no mercado de aviação executiva - um projeto avaliado com cuidado.
 


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