Exame Logo

Farmacêuticas Novartis e GlaxoSmithKline se reestruturam

Empresas realizaram uma profunda reformulação nos seus negócios, depois de acordos anunciados hoje

A sede da companhia farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK): GSK anunciou a venda da divisão de oncologia à suíça Novartis (Ben Stansall/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 13h03.

Genebra - As empresas farmacêuticas Novartis e GlaxoSmithKline (GSK) realizaram uma profunda reformulação nos seus negócios, depois de acordos anunciados nesta terça-feira envolvendo também o grupo americano Lilly.

A suíça Novartis comprou a divisão de oncologia (medicamentos contra o câncer) da GSK, britânica, por 14 bilhões de dólares e vendeu seu setor de vacinas (com exceção das vacinas contra a gripe) por 7,1 bilhões.

A GSK se tornou, com a transação, a quinta maior produtora de vacinas do mundo.

Além disso, as duas companhias criaram uma empresa conjunta para os medicamentos sem receita.

Por fim, a multinacional farmacêutica suíça vai vender para a Eli Lilly sua divisão de veterinária por US$ 5,4 bilhões.

Para os analistas do banco Vontobel, a reestruturação é uma "simplificação espera há tempos".

Já o Banco Notenstein avalia que a Novartis conseguiu encontrar uma solução para quase todos os seus "filhos problemáticos".

"Estas transações representam um momento importante para Novartis, que se concentra assim em setores pontuais, com grande potencial de inovação e de escala global", declarou Joe Jiménez diretor-geral executivo do grupo.

A parceira com a Glaxo criou "um ator global no setor de saúde sem receita", indicou Jiménez.


Calcula-se que a empresa conjunta terá um valor de 10,9 bilhões de dólares. A empresa americana terá 63,5% do capital e a suíça, 36,5%.

Pelo setor de tratamento ao câncer, a GSK ainda pode receber mais 1,5 bilhão de dólares, em relação aos resultados futuros, principalmente na parte de pesquisas.

"As oportunidades de aumentar nosso tamanho e de reagrupar ativos de grande qualidade nas vacinas e na saúde são raras. Graças a esta transação, vamos reforçar substancialmente duas de nossas principais divisões e criar novas opções para aumentar o valor para nossos acionistas", afirmou o diretor-geral da GSK, Andrew Witty.

A conclusão dos acordos é esperada para o primeiro trimestre de 2015, mas ainda precisa da aprovação dos acionistas de ambos os grupos e das autoridades do setor.

A divisão de saúde animal da Novartis, avaliada em 1,1 bilhão de dólares, foi adquirida por 5,4 bilhões pela Eli Lilly, que se torna a número dois do setor.

A transação também deve ser concluída no início do próximo ano.

A Novartis teve um volume de negócios de US$ 57,9 bilhões em 2013 e um lucro líquido de 3,9 bilhões.

A Glaxo, por sua vez, espera com os acordos aumentar a receita em 2,2 bilhões de dólares, chegando a 45,283 bilhões.

Os investidores viram com bons olhos os acordos: as ações da Novartis e da GSK subiram, tanto em Londres como em Zurique, nesta terça-feira.

Veja também

Genebra - As empresas farmacêuticas Novartis e GlaxoSmithKline (GSK) realizaram uma profunda reformulação nos seus negócios, depois de acordos anunciados nesta terça-feira envolvendo também o grupo americano Lilly.

A suíça Novartis comprou a divisão de oncologia (medicamentos contra o câncer) da GSK, britânica, por 14 bilhões de dólares e vendeu seu setor de vacinas (com exceção das vacinas contra a gripe) por 7,1 bilhões.

A GSK se tornou, com a transação, a quinta maior produtora de vacinas do mundo.

Além disso, as duas companhias criaram uma empresa conjunta para os medicamentos sem receita.

Por fim, a multinacional farmacêutica suíça vai vender para a Eli Lilly sua divisão de veterinária por US$ 5,4 bilhões.

Para os analistas do banco Vontobel, a reestruturação é uma "simplificação espera há tempos".

Já o Banco Notenstein avalia que a Novartis conseguiu encontrar uma solução para quase todos os seus "filhos problemáticos".

"Estas transações representam um momento importante para Novartis, que se concentra assim em setores pontuais, com grande potencial de inovação e de escala global", declarou Joe Jiménez diretor-geral executivo do grupo.

A parceira com a Glaxo criou "um ator global no setor de saúde sem receita", indicou Jiménez.


Calcula-se que a empresa conjunta terá um valor de 10,9 bilhões de dólares. A empresa americana terá 63,5% do capital e a suíça, 36,5%.

Pelo setor de tratamento ao câncer, a GSK ainda pode receber mais 1,5 bilhão de dólares, em relação aos resultados futuros, principalmente na parte de pesquisas.

"As oportunidades de aumentar nosso tamanho e de reagrupar ativos de grande qualidade nas vacinas e na saúde são raras. Graças a esta transação, vamos reforçar substancialmente duas de nossas principais divisões e criar novas opções para aumentar o valor para nossos acionistas", afirmou o diretor-geral da GSK, Andrew Witty.

A conclusão dos acordos é esperada para o primeiro trimestre de 2015, mas ainda precisa da aprovação dos acionistas de ambos os grupos e das autoridades do setor.

A divisão de saúde animal da Novartis, avaliada em 1,1 bilhão de dólares, foi adquirida por 5,4 bilhões pela Eli Lilly, que se torna a número dois do setor.

A transação também deve ser concluída no início do próximo ano.

A Novartis teve um volume de negócios de US$ 57,9 bilhões em 2013 e um lucro líquido de 3,9 bilhões.

A Glaxo, por sua vez, espera com os acordos aumentar a receita em 2,2 bilhões de dólares, chegando a 45,283 bilhões.

Os investidores viram com bons olhos os acordos: as ações da Novartis e da GSK subiram, tanto em Londres como em Zurique, nesta terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas inglesasEmpresas suíçasGlaxoSmithKlineIndústria farmacêuticaNovartis

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame