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Facebook quer saber se você viu o anúncio - e comprou

Segundo Business Insider, Facebook quer desenvolver ferramenta para responder à pergunta mais crucial para quem anuncia: quantas pessoas realmente viraram clientes?


	Anúncio no Facebook: preocupado com sua principal fonte de receita, empresa quer entregar aos anunciantes a resposta de quantas pessoas de fato viraram clientes após propaganda na rede
 (Divulgação)

Anúncio no Facebook: preocupado com sua principal fonte de receita, empresa quer entregar aos anunciantes a resposta de quantas pessoas de fato viraram clientes após propaganda na rede (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2012 às 10h19.

São Paulo - O Facebook está desenvolvendo uma estratégia de publicidade que pode afetar as empresas de internet que têm nos anúncios uma fonte vital de receita, informou ontem o site de tecnologia Business Insider.

Segundo a publicação, a rede social fechou uma parceria com uma empresa de pesquisa chamada Datalogix para dar aos anunciantes virtuais a resposta para sua dúvida mais frequente: quem viu a propaganda foi até a loja comprar o produto?

A nova ferramenta pode ser entendida em quatro etapas. Primeiro, a empresa faz um anúncio no Facebook - uma imagem de seu produto acompanhado de uma frase atraente, por exemplo. Alguns usuários da rede veem os anúncios e outros, não. Alguns clicam. Uma parte dos que clicaram vai à loja e compra o produto ou serviço após a propaganda. No momento da venda, o varejista pede o e-mail do cliente, o número de telefone ou o endereço residencial.

Aí estaria a chave para descobrir se funcionou ou não colocar anúncios no Facebook. A rede social tem hoje 1 bilhão de usuários no mundo. Boa parte deles informa o e-mail e fornece dados pessoais, como o celular ou o endereço de sua casa. O acesso a essas informações, portanto, daria à empresa a possibilidade de ver se o usuário exposto ao anúncio concluiu a compra.

O Business Insider diz que o Facebook e a Datalogix analisariam essas informações de uma maneira que preservaria o anonimato dos usuários. Dessa forma, a rede social entregaria aos anunciantes um relatório com a porcentagem de usuários que viram a propaganda e se tornaram clientes de fato ou não.

"Em vez de olhar para cliques não confiáveis, pesquisas e tendências do mercado, os comerciantes podem olhar para esse relatório e fazer um simples cálculo do retorno sobre o investimento", diz o site.

Receio

Desde que fez sua oferta pública inicial de ações, em maio, o Facebook tem o desafio de mostrar aos investidores sua capacidade de obter receita com publicidade. A dúvida em questão, e o que provoca a desconfiança de muitos acionistas, é se os usuários da rede, que lá estão para primeiramente socializar, suportariam a convivência com anúncios no site.

Os resultados financeiros divulgados em outubro começaram a diminuir esse receio. O Facebook alcançou faturamento de US$ 1,26 bilhão no terceiro trimestre deste ano. Desse total, 86% vieram da venda de anúncios. Apenas no segmento móvel, a receita foi de US$ 150 milhões. No segundo trimestre, segundo estimativas de analistas, ela havia sido de US$ 10 milhões. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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