Faber-Castell tem ano colorido graças aos livros de pintar
Empresa vendeu cinco vezes mais de março a abril e teve de aumentar um turno nas fábricas para repor estoque em papelarias de todo o país
Tatiana Vaz
Publicado em 13 de maio de 2015 às 15h18.
São Paulo – Todos os anos, enquanto os pais se ajeitam para voltar à rotina de levar os filhos às escolas, a Faber-Castell já está pronta para o pico anual de vendas de dezembro a janeiro.
Neste ano, porém, os livros de colorir para adultos levaram a empresa a um novo ápice - de março a abril – com direito a falta de estoque nas lojas e vendas cinco vezes maiores.
“Sempre nos preparamos para uma demanda maior por caixas com lápis de 12 e 24 cores, e não pelas de 36 e 48, como aconteceu neste ano”, diz Cláudia Neufeld, diretora de marketing da companhia.
Detalhe: uma caixa de lápis com 48 cores custa, claro, 4 vezes o valor de uma caixa de 12.
De acordo com ela, a procura por produtos mais sofisticados foi tanta que o estoque da empresa teve de ser abastecido às pressas, depois dos itens sumirem das prateleiras das grandes (e até das pequenas) redes de papelarias .
O jeito foi aumentar de dois para três turnos a produção na fábrica de São Carlos, interior paulista, e redirecionar as pessoas para que lápis de maior valor agregado fossem feitos.
Com isso, a situação deve ser normalizada nos 11.000 parceiros, entre atacadistas e distribuidores, até a próxima semana, garante a empresa.
Público alvo
Além da multiplicação das vendas, a febre por livros de colorir levou a fabricante alemã a atingir um alvo que ela cobiçava há anos: o público adulto.
No exterior, segundo Cláudia, o objetivo já está sendo cumprindo há algum tempo, também com ajuda do mesmo passatempo.
“Por aqui, há dois anos trabalhávamos o conceito de que a Faber era uma marca para toda a vida”, afirma ela. “Os livros chegam num momento perfeito para fazer essa conexão de que não é só porque você é adulto que não pode colorir.”
Maior fábrica da Faber no mundo, a unidade de São Paulo produz cerca de 2 bilhões de lápis por ano e exporta para mais de 70 países, incluindo latinos, asiáticos e europeus.
Produtos mais sofisticados, como as caixas de 36 e 48 cores, ganham agora mais espaço na produção destinada ao Brasil. A expectativa é que a demanda por esses e outros produtos mais caros aumente.
Por aqui, garante ela, produtos da linha artística, importados e vendidos a 100 reais cada, já vinham sendo mais vendidos, bem como a coleção especial de aniversário de 250 anos da marca, que custa 3.000 reais.
“A tendência é seguir crescendo nessa parte”, afirma a diretora.
Ajuda surpresa
É fato que a Faber teve que adaptar seu negócio ao surpreendente aumento da procura por lápis. Nem por isso a companhia acredita que terá de contratar mais gente ou aumentar preço.
A companhia alemã emprega hoje no Brasil cerca de 2.700 pessoas e faturou, de abril de 2013 a março de 2014, 458 milhões de reais no país.
Em uma crise, acredita a executiva, as pessoas não deixam de comprar material escolar para os filhos. Mas os custos de alguns itens importados,pagos em dólar, tendem a aumentar.
As vendas maiores devem fechar essa conta e ajudar a Faber a pintar de azul o balanço financeiro de 2015.
São Paulo – Todos os anos, enquanto os pais se ajeitam para voltar à rotina de levar os filhos às escolas, a Faber-Castell já está pronta para o pico anual de vendas de dezembro a janeiro.
Neste ano, porém, os livros de colorir para adultos levaram a empresa a um novo ápice - de março a abril – com direito a falta de estoque nas lojas e vendas cinco vezes maiores.
“Sempre nos preparamos para uma demanda maior por caixas com lápis de 12 e 24 cores, e não pelas de 36 e 48, como aconteceu neste ano”, diz Cláudia Neufeld, diretora de marketing da companhia.
Detalhe: uma caixa de lápis com 48 cores custa, claro, 4 vezes o valor de uma caixa de 12.
De acordo com ela, a procura por produtos mais sofisticados foi tanta que o estoque da empresa teve de ser abastecido às pressas, depois dos itens sumirem das prateleiras das grandes (e até das pequenas) redes de papelarias .
O jeito foi aumentar de dois para três turnos a produção na fábrica de São Carlos, interior paulista, e redirecionar as pessoas para que lápis de maior valor agregado fossem feitos.
Com isso, a situação deve ser normalizada nos 11.000 parceiros, entre atacadistas e distribuidores, até a próxima semana, garante a empresa.
Público alvo
Além da multiplicação das vendas, a febre por livros de colorir levou a fabricante alemã a atingir um alvo que ela cobiçava há anos: o público adulto.
No exterior, segundo Cláudia, o objetivo já está sendo cumprindo há algum tempo, também com ajuda do mesmo passatempo.
“Por aqui, há dois anos trabalhávamos o conceito de que a Faber era uma marca para toda a vida”, afirma ela. “Os livros chegam num momento perfeito para fazer essa conexão de que não é só porque você é adulto que não pode colorir.”
Maior fábrica da Faber no mundo, a unidade de São Paulo produz cerca de 2 bilhões de lápis por ano e exporta para mais de 70 países, incluindo latinos, asiáticos e europeus.
Produtos mais sofisticados, como as caixas de 36 e 48 cores, ganham agora mais espaço na produção destinada ao Brasil. A expectativa é que a demanda por esses e outros produtos mais caros aumente.
Por aqui, garante ela, produtos da linha artística, importados e vendidos a 100 reais cada, já vinham sendo mais vendidos, bem como a coleção especial de aniversário de 250 anos da marca, que custa 3.000 reais.
“A tendência é seguir crescendo nessa parte”, afirma a diretora.
Ajuda surpresa
É fato que a Faber teve que adaptar seu negócio ao surpreendente aumento da procura por lápis. Nem por isso a companhia acredita que terá de contratar mais gente ou aumentar preço.
A companhia alemã emprega hoje no Brasil cerca de 2.700 pessoas e faturou, de abril de 2013 a março de 2014, 458 milhões de reais no país.
Em uma crise, acredita a executiva, as pessoas não deixam de comprar material escolar para os filhos. Mas os custos de alguns itens importados,pagos em dólar, tendem a aumentar.
As vendas maiores devem fechar essa conta e ajudar a Faber a pintar de azul o balanço financeiro de 2015.