Negócios

Executivos do Burger King defendem compra da Tim Hortons

A rede de lanchonetes com sede em Miami confirmou nesta terça-feira, 26, que pretende comprar a cafeteria canadense por cerca de US$ 11 bilhões


	Burger King: realocação da marca alimentou debate sobre a chamada inversão fiscal
 (Anne-Christine Poujoulat/AFP)

Burger King: realocação da marca alimentou debate sobre a chamada inversão fiscal (Anne-Christine Poujoulat/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 16h47.

Nova York - Os executivos da Burger King Worldwide defenderam a planejada compra da Tim Hortons, afirmando que ambições de expansão global estão por trás do acordo, e não questões fiscais.

A rede de lanchonetes com sede em Miami confirmou nesta terça-feira, 26, que pretende comprar a cafeteria canadense por cerca de US$ 11 bilhões, criando uma nova empresa que terá sede no Canadá.

A realocação de uma marca norte-americana tão conhecida alimentou o debate sobre a chamada inversão fiscal, enquanto os parlamentares dos EUA discutem formas de evitar uma onda de transferências de companhias para fora do país.

"Esse não é um acordo movido por questão fiscal. É fundamentalmente sobre o crescimento e a criação de valor por meio de uma expansão acelerada", afirmou o presidente executivo do Burger King, Alex Behring, em uma teleconferência.

Behring, que vai liderar a nova empresa também no cargo de presidente executivo, é parceiro da 3G Capital, o fundo de private equity brasileiro que controla o Burger King e terá cerca de 51% da nova companhia.

Segundo executivos do Burger King, o acordo é destinado a criar uma nova potência no setor de restaurantes de serviço rápido, com aproximadamente US$ 23 bilhões em vendas e mais de 18 mil lanchonetes.

O executivo chefe do Burger King, Daniel Schwartz, afirmou que a taxa de imposto que a empresa paga nos EUA, que está em torno de 25%, é consistente com a taxa corporativa do Canadá.

Embora a taxa de imposto do Canadá seja mais baixa do que a dos EUA, Schwartz disse que o Burger King paga uma taxa combinada menor por causa de sua presença em muitos mercados internacionais.

Segundo o executivo, como a unidade do Burger King da companhia resultante da união com a Tim Hortons será baseada em Miami, ela continuará pagando os mesmos impostos norte-americanos que antes.

"Não esperamos que haja economias significativas de imposto ou mudanças fiscais significativas", afirmou Schwartz.

Marc Caira, presidente e executivo-chefe da Tim Hortons, por sua vez, disse que a nova companhia terá sede no Canadá porque esse será o maior mercado do grupo em receita. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Burger KingEmpresasFast foodFusões e AquisiçõesImpostosIncentivos fiscaisRestaurantes

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia