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Excesso de interessados faz Varig adiar assembléia

Credores pedem mais tempo para analisarem as quatro propostas em andamento

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Em meio a uma fase crítica, com diversos vôos cancelados, possibilidade de arresto de aeronaves e até de falência, a Varig agora enfrenta um problema diferente: excesso de propostas. A companhia decidiu, inclusive, cancelar a assembléia que estava marcada para esta terça-feira (2/5), para que os credores tenham mais tempo para avaliar as ofertas. A nova reunião acontece na próxima segunda-feira, dia 8.

A Varig recebeu quatro propostas de compra nos últimos meses, e todas ainda estão sendo consideradas. A da VarigLog (controlada pela Volo Brasil) chegou a receber um parecer negativo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas logo em seguida o órgão regulador voltou a considerar a proposta.

A TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) também está no páreo. Eles ofereceram 2,5 bilhões de reais pela companhia aérea, dinheiro que seria pago com capita do Aerus, fundo de pensão dos funcionários de companhias aéreas, o maior credor privado da empresa.

As outras duas propostas são do consulor Jayme Toscano, no valor de 1,9 bilhão de dólares, e a chamada "proposta de consenso", feita pela consultoria Alvarez & Marsal em conjunto com os credores, a Justiça e as autoridades do Governo Federal e que prevê a divisão da Varig em duas empresas.

Segundo a consultoria Alvarez & Marsal, empresa que trabalha na reestruturação da Varig, o adiamento não será prejudicial para as operações da companhia. "Este é um sinal extremamente positivo para a Varig. A multiplicidade de propostas só demonstra que a empresa é um negócio atraente, com perspectivas reais de crescimento", diz Marcelo Bottini, presidente da Varig.

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