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Ex-MPX tenta evitar pagamento antecipado por OGX Maranhão

A Eneva, antiga MPX, tenta acordos com credores para renunciar ao pagamento antecipado que pode ser acionados se a OGX, de Eike, entrar em moratória

Usina da MPX: a empresa também está em negociação com potenciais compradores da participação de 33% na OGX Maranhão (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 11h36.

São Paulo e Rio de Janeiro - A Eneva SA, empresa controlada pelo grupo EON e por Eike Batista, está em negociações para evitar que a OGX Maranhão Petróleo Gás Participações SA tenha que fazer um pagamento antecipado de pelo menos R$ 600 milhões em dívida caso a OGX entre em situação de inadimplência, segundo três pessoas a par das discussões que pediram anonimato porque as conversas são privadas.

A Eneva, antiga MPX, tenta acordos com credores da OGX Maranhão, na qual a Eneva tem uma participação de 33 por cento, para renunciar a direitos de pagamento antecipado que podem ser acionados se a OGX Petróleo Gás Participações SA, de Eike Batista, entrar em moratória, disseram as pessoas.

A empresa também está em negociação com potenciais compradores da participação da OGX no projeto e pode adquirir as ações restantes por si só, disseram as pessoas.

Os termos da dívida determinam pagamento imediato caso a OGX entre em inadimpência ou em recuperação judicial.

A Eneva está tentando se desembaraçar do colapso da OGX depois que a EON, com sede em Dusseldorf, começou a comprar ações de Eike Batista em janeiro de 2012 para ganhar uma posição no Brasil após os lucros em seu país natal caírem. Na época, o CEO Johannes Teyssen descreveu Eike Batista, que fala alemão, como “um dos homens de negócio de maior sucesso no Brasil” e a MPX como uma sócia ideal.

A EON se tornou a maior acionista da Eneva em 29 de maio e aumentou sua participação em oferta privada em 4 de julho, três dias depois que a OGX disse que provavelmente teria que fechar seu único campo que estava produzindo petróleo, e Batista foi substituído como presidente da Eneva.


A Eneva preferiu não comentar a respeito de seus planos para a OGX Maranhão em um e-mail de resposta a perguntas. A EON está monitorando todos os desenvolvimentos relevantes da Eneva, disse o porta-voz Guido Knott por e-mail, que preferiu não comentar os negócios do empreendimento com a OGX. A EON e Batista continuam a controlar a Eneva em conjunto por meio de um acordo acionário, disse ele.

Moratória iminente

A OGX, eixo do império de commodities de Eike Batista, não fez em 1 de junho o pagamento de juros da emissão de US$ 1,1 bilhões em títulos, o que iniciou um período de 30 dias de carência. A empresa com sede no Rio de Janeiro está considerando também entrar com pedido de proteção de falência até o final deste mês ou no começo do próximo, disseram duas pessoas informadas sobre o plano.

Qualquer desses eventos pode desencadear cláusulas de cross-default na dívida de empresas afiliadas como o empreendimento de gás com a Eneva, disseram as pessoas.

A OGX Maranhão, na qual a OGX mantém uma participação de 66 por cento, tem pelo menos R$ 600 milhões (US$ 300 milhões) em dívida pendente. A empresa tem uma participação de 70 por cento em sete blocos de gás na bacia de Parnaíba, no Brasil, em parceria com a Petra Energia SA.

As unidades do Banco Itaú BBA e do Banco Santander SA emprestaram, cada uma, R$ 200 milhões para a OGX Maranhão, assim como o Morgan Stanley, segundo arquivos da empresa.


Interesse ‘natural’

A Eneva está negociando com bancos para tentar evitar a amortização da dívida e com a Petra e outros sócios para buscar um comprador para a participação da OGX na OGX Maranhão, disseram as pessoas. A EON e a Eneva poderiam também comprar a participação da OGX, anulando assim a cláusula de cross-default, disseram duas pessoas. A Petra é outra potencial compradora, disse uma pessoa.

O Grupo BTG Pactual, o banco de investimentos controlado pelo bilionário André Esteves, adquiriu 28,2 milhões de ações da Eneva por US$ 78,7 milhões, disse a Eneva em 6 de setembro. Batista ainda mantém uma participação de 24 por cento.

A Eneva disse em 24 de setembro que, como acionista minoritário na OGX Maranhão, seria “natural” que a empresa estivesse interessada nas ações restantes. A empresa de serviços públicos tem a primeira opção para compra de ações no empreendimento, segundo um arquivo regulatório.

A empresa não tem nada para anunciar, informou em resposta a uma consulta regulatória após o jornal O Globo publicar em 21 de agosto que a OGX poderia vender sua participação nos blocos de gás Parnaíba.

Itaú, Santander e Morgan Stanley preferiram não comentar.

Eike Batista está buscando R$ 1,2 bilhão para seus 24 por cento de participação restante na Eneva, segundo duas pessoas com conhecimento das negociações. Potenciais compradores rejeitaram o preço proposto por causa de preocupações a respeito do risco de cross-default na OGX Maranhão, disse uma pessoa familiar às negociações.

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A Eneva, antiga MPX, tenta acordos com credores da OGX Maranhão, na qual a Eneva tem uma participação de 33 por cento, para renunciar a direitos de pagamento antecipado que podem ser acionados se a OGX Petróleo Gás Participações SA, de Eike Batista, entrar em moratória, disseram as pessoas.

A empresa também está em negociação com potenciais compradores da participação da OGX no projeto e pode adquirir as ações restantes por si só, disseram as pessoas.

Os termos da dívida determinam pagamento imediato caso a OGX entre em inadimpência ou em recuperação judicial.

A Eneva está tentando se desembaraçar do colapso da OGX depois que a EON, com sede em Dusseldorf, começou a comprar ações de Eike Batista em janeiro de 2012 para ganhar uma posição no Brasil após os lucros em seu país natal caírem. Na época, o CEO Johannes Teyssen descreveu Eike Batista, que fala alemão, como “um dos homens de negócio de maior sucesso no Brasil” e a MPX como uma sócia ideal.

A EON se tornou a maior acionista da Eneva em 29 de maio e aumentou sua participação em oferta privada em 4 de julho, três dias depois que a OGX disse que provavelmente teria que fechar seu único campo que estava produzindo petróleo, e Batista foi substituído como presidente da Eneva.


A Eneva preferiu não comentar a respeito de seus planos para a OGX Maranhão em um e-mail de resposta a perguntas. A EON está monitorando todos os desenvolvimentos relevantes da Eneva, disse o porta-voz Guido Knott por e-mail, que preferiu não comentar os negócios do empreendimento com a OGX. A EON e Batista continuam a controlar a Eneva em conjunto por meio de um acordo acionário, disse ele.

Moratória iminente

A OGX, eixo do império de commodities de Eike Batista, não fez em 1 de junho o pagamento de juros da emissão de US$ 1,1 bilhões em títulos, o que iniciou um período de 30 dias de carência. A empresa com sede no Rio de Janeiro está considerando também entrar com pedido de proteção de falência até o final deste mês ou no começo do próximo, disseram duas pessoas informadas sobre o plano.

Qualquer desses eventos pode desencadear cláusulas de cross-default na dívida de empresas afiliadas como o empreendimento de gás com a Eneva, disseram as pessoas.

A OGX Maranhão, na qual a OGX mantém uma participação de 66 por cento, tem pelo menos R$ 600 milhões (US$ 300 milhões) em dívida pendente. A empresa tem uma participação de 70 por cento em sete blocos de gás na bacia de Parnaíba, no Brasil, em parceria com a Petra Energia SA.

As unidades do Banco Itaú BBA e do Banco Santander SA emprestaram, cada uma, R$ 200 milhões para a OGX Maranhão, assim como o Morgan Stanley, segundo arquivos da empresa.


Interesse ‘natural’

A Eneva está negociando com bancos para tentar evitar a amortização da dívida e com a Petra e outros sócios para buscar um comprador para a participação da OGX na OGX Maranhão, disseram as pessoas. A EON e a Eneva poderiam também comprar a participação da OGX, anulando assim a cláusula de cross-default, disseram duas pessoas. A Petra é outra potencial compradora, disse uma pessoa.

O Grupo BTG Pactual, o banco de investimentos controlado pelo bilionário André Esteves, adquiriu 28,2 milhões de ações da Eneva por US$ 78,7 milhões, disse a Eneva em 6 de setembro. Batista ainda mantém uma participação de 24 por cento.

A Eneva disse em 24 de setembro que, como acionista minoritário na OGX Maranhão, seria “natural” que a empresa estivesse interessada nas ações restantes. A empresa de serviços públicos tem a primeira opção para compra de ações no empreendimento, segundo um arquivo regulatório.

A empresa não tem nada para anunciar, informou em resposta a uma consulta regulatória após o jornal O Globo publicar em 21 de agosto que a OGX poderia vender sua participação nos blocos de gás Parnaíba.

Itaú, Santander e Morgan Stanley preferiram não comentar.

Eike Batista está buscando R$ 1,2 bilhão para seus 24 por cento de participação restante na Eneva, segundo duas pessoas com conhecimento das negociações. Potenciais compradores rejeitaram o preço proposto por causa de preocupações a respeito do risco de cross-default na OGX Maranhão, disse uma pessoa familiar às negociações.

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