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EUA alertam empresas americanas sobre riscos de operar em Hong Kong

O comunicado americano cita os riscos da vigilância eletrônica sem garantias e de ter que entregar dados corporativos e de clientes ao governo

 (Aly Song/Reuters)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de julho de 2021 às 10h30.

O governo dos Estados Unidos alertará as empresas americanas sobre os riscos crescentes de operar em Hong Kong, à medida que o controle cada vez maior da China sobre a cidade causa uma deterioração nas condições de negócios. Em um comunicado a ser emitido nesta sexta-feira, 16, o governo do presidente americano Joe Biden, avisa as empresas e indivíduos que trabalham no território que eles estão sujeitos a uma lei de segurança nacional restritiva que Pequim impôs a Hong Kong há um ano.

O comunicado cita os riscos da vigilância eletrônica sem garantias e de ter que entregar dados corporativos e de clientes ao governo, de acordo com um funcionário da administração.

Pequim e Hong Kong "implementaram ações que prejudicaram o ambiente legal e regulatório, que é fundamental para que indivíduos ou empresas operem livremente e com segurança jurídica", disse o funcionário. "Os desdobramentos no último ano em Hong Kong representam riscos operacionais, financeiros, jurídicos e de reputação claros para as empresas multinacionais" acrescentou.

O relatório "fornece às empresas informações que podem auxiliá-las na tomada de decisões comerciais informadas e na avaliação adequada dos riscos", disse o funcionário do governo.

As empresas que dependem de uma imprensa livre e aberta podem ter acesso restrito às informações, de acordo com o documento. Autoridades dos EUA e grupos empresariais estrangeiros levantaram preocupações de que a lei de segurança nacional poderia comprometer a segurança dos dados - como já é o caso no resto da China.

Pequim adotou a lei de segurança nacional para reprimir um movimento de protesto antigovernamental que abalou Hong Kong. A lei confere ampla autoridade ao aparato de segurança. As autoridades prenderam ativistas pela democracia, jornalistas e críticos do governo, paralisando a liberdade de expressão e, de acordo com grupos de direitos e jurídicos, erodindo o estado de direito de estilo ocidental que fortaleceu Hong Kong como um centro internacional de negócios e finanças.

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