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Esquenta a disputa pela Lwarcel, de celulose, avaliada em até R$ 1,8 bi

Negociações entre a Suzano e a Lwarcel estavam firmes, mas desandaram quando as conversas entre os Feffer e a Fibria foram retomadas

Celulose: conversas para a venda da Lwarcel, do grupo Lwart, estão avançadas (Rich Press/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2018 às 08h44.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 08h54.

Depois da união entre a Suzano e Fibria , que criou a maior companhia de celulose do mundo, outro importante negócio do setor está próximo de ser fechado.

As conversas para a venda da Lwarcel, do grupo Lwart, estão avançadas, apurou o Estado com duas fontes a par do assunto. O valor da operação, que pertence à família Trecenti e tem sede em Lençóis Paulista (SP), é estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,8 bilhão.

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Com a saída da disputa da família Feffer, dona da Suzano, que até então era tida como a favorita a levar o negócio, a chilena Arauco, a portuguesa Altri e a asiática April são apontadas como as principais interessadas.

A espanhola Ence também estaria de olho no ativo, segundo uma outra fonte. A transação deverá ser concluída ainda no primeiro semestre.

As negociações entre a Suzano e a Lwarcel estavam firmes há alguns meses, mas desandaram quando as conversas entre os Feffer e a Fibria foram retomadas.

A Suzano estava negociando a compra de 100% da companhia, apurou o Estado. Fontes afirmam que a família Trecenti não descarta ficar com uma fatia minoritária do negócio fundado nos anos 1980.

Com capacidade de produção de 250 mil toneladas, a companhia de celulose paulista tem um plano de expansão para produzir mais 1 milhão de toneladas.

Esse projeto, que será assumido pelo novo controlador, é estimado em cerca de US$ 1,5 bilhão, de acordo com especialistas de mercado. A compra da fábrica da Lwarcel esbarra, contudo, nas limitações hídricas da região, segundo as mesmas fontes.

Último ativo relevante

O ativo da Lwarcel é considerado estratégico para os investidores que ainda olham o Brasil para fazer expansão. A consolidação com a Fibria colocou a Suzano em um outro patamar, ao criar uma gigante global de celulose.

Outra importante operação fechada no ano passado no setor de celulose foi a compra da Eldorado pela empresa Paper Excellence, da família indonésia Wadjaja.

A Eldorado, que é controlada pela holding J&F, dos irmãos Batistas, foi disputada por importantes investidores que planejavam fazer expansão no mercado brasileiro, um dos mais competitivos do mundo.

O valor total do ativo foi avaliado em R$ 15 bilhões. A união entre Fibria e Suzano resultará em uma companhia de R$ 84 bilhões.

Procuradas, Arauco, Altri e Ence não retornaram os pedidos de entrevista. A Lwarcel mantém o mesmo comunicado divulgado no início do ano de que está em negociações com potenciais investidores. A Suzano não comentou.

Fundado em 1975, o grupo é referência no País em rerrefino de óleo combustível, com aproveitamento de lubrificante usado em automóveis e maquinários.

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