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Engie Brasil Energia lucra R$ 512 mi no 1° trim., queda de 9,5%

A empresa do grupo francês Engie reportou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,33 bilhão de reais no primeiro trimestre

Engie: empresa divulgou balanço nesta quarta-feira (Charles Platiau/Reuters)
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Reuters

Publicado em 24 de junho de 2020 às 18h53.

Última atualização em 24 de junho de 2020 às 19h59.

A elétrica Engie Brasil Energia registrou lucro líquido de 512 milhões de reais entre janeiro e março, 9,5% a menos que no mesmo período de 2019, em meio a um aumento nas despesas financeiras após captações para tocar investimentos, informou a companhia em balanço na noite desta quarta-feira.

A empresa do grupo francês Engie, líder privada no setor de geração de energia do Brasil, reportou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 1,33 bilhão de reais no primeiro trimestre, com avanço de 9,8% na comparação ano a ano.

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A receita operacional líquida da companhia, que também possui ativos de transmissão de energia e controla a empresa de gasodutos TAG, somou 2,6 bilhões de reais, alta de 11% frente ao mesmo período de 2019.

O lucro foi impactado negativamente principalmente por um aumento de 178,2 milhões de reais nas despesas financeiras líquidas. A Engie disse que o movimento está relacionado a emissões de debêntures e financiamentos em 2019 e 2020 para gestão do fluxo de caixa e realização de investimentos em obras.

Covid-29

A Engie destacou no balanço que encerrou março com 4,2 bilhões de reais em caixa, o equivalente a 40% da receita líquida registrada em 2019, em meio a uma posição cautelosa diante da pandemia de coronavírus e seus impactos no setor de energia.

Com isso, a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa (Ebitda) encerrou o trimestre em 2,1 vezes, nível quase estável ante 2 vezes no final de 2019.

"Ainda assim, optamos pelo conservadorismo, rolando os vencimentos (de dívidas) de curto prazo", destacou o presidente da empresa, Eduardo Sattamini, em nota no balanço.

Como consequência de incertezas associadas ao vírus, o conselho de administração da Engie Brasil Energia ainda aprovou em assembleia uma reavaliação dos dividendos complementares referentes a 2019, com retenção de quase 950 milhões de reais "para fazer frente à pandemia".

"Mesmo assim, o payout de 2019 atingiu 56,8%, acima do payout mínimo de 55% previsto em nossa política de dividendos indicativa", ressaltou Sattamini.

Os investimentos totais da Engie Brasil Energia no primeiro trimestre foram de 785,7 milhões de reais.

Dos aportes, 360 milhões de reais foram para a aquisição junto à indiana Sterlite do projeto de transmissão Novo Estado. O negócio envolveu total de 410 milhões de reais, mas com o restante dos valores a serem quitados após o cumprimento de algumas condições contratuais.

A Engie também aplicou 397 milhões de reais em projetos em andamento, principalmente o complexo eólico Campo Largo Fase II, na Bahia, e os empreendimentos de transmissão Novo Estado e Gralha Azul.

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