Negócios

Empresas chinesas querem construir usina solar em Chernobyl

A GCL System Integration Technology (GCL-SI) vai cooperar com a China National Complete Engineering Corp (CCEC) para o projeto na Ucrânia

Chernobyl: início da construção da usina solar na região é esperado para o próximo ano (Sergei Supinsky/AFP)

Chernobyl: início da construção da usina solar na região é esperado para o próximo ano (Sergei Supinsky/AFP)

R

Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 11h32.

Xangai - Duas companhias chinesas pretendem construir uma usina de energia solar na zona isolada em torno do reator nuclear de Chernobyl, que se tornou uma área de acesso proibido desde que uma devastadora explosão contaminou a região com radiação mortal em 1986.

A GCL System Integration Technology (GCL-SI), subsidiária do GCL Group, disse que vai cooperar com a China National Complete Engineering Corp (CCEC) para o projeto na Ucrânia, que tem o início da construção esperado para o próximo ano.

"Haverá notáveis benefícios sociais e econômicos uma vez que tentemos renovar a área danificada com energia verde e renovável", disse o presidente do Conselho da GCL-SI, Shu Hua, em nota à imprensa.

A usina de 1 gigawatt é parte do plano do grupo de construir uma presença internacional, disse ele.

A CCEC, uma subsidiária da estatal chinesa China National Machinery Industry Corp, ficará responsável pelo projeto, enquanto a GCL-SI vai fornecer e instalar os equipamentos solares. A GCL-SI não revelou os custos do empreendimento.

O reator de Chernobyl, que deve ser coberto no próximo ano por um arco revestido de aço ao custo de 1,6 bilhão de dólares, é cercado por uma chamada "zona de exclusão" de 2,6 mil quilômetros quadrados de floresta e pântano.

A China é a líder em geração solar no mundo, com 43 gigawatts em capacidade ao final do ano passado.

O país também é o maior fornecedor de equipamentos do setor, responsável por 72 por cento dos componentes para energia solar globais em 2015, segundo pesquisa da Everbright Securities na semana passada.

Acompanhe tudo sobre:ChernobylChinaUcrâniaUsinas

Mais de Negócios

OPINIÃO: Na lama da tragédia, qual política devemos construir?

Conheça a Rota das Artes, o novo roteiro turístico de Minas Gerais

Fabricio Bloisi deixa operação do iFood para assumir comando de grupo de investimentos Prosus

Conheça a CEO que nunca descansa, nem cobra salário – isso porque ela é uma inteligência artificial

Mais na Exame