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Embraer volta ao mercado brasileiro com contrato bilionário com BRA

A companhia aérea fecha acordo preliminar que inclui pedidos firmes de 20 aviões com opção para mais 20, em um contrato que pode chegar a US$ 1,46 bilhão

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Embraer anunciou hoje que assinou um contrato preliminar para a venda de até 40 aviões para a companhia aérea BRA, que planeja firmar-se como terceira força no mercado brasileiro de aviação. Para não bater de frente com Gol e TAM, a empresa decidiu optar por jatos regionais. Foi feita a encomenda firme de 20 jatos Embraer 195 com a opção de elevar esse número para 40 unidades. Nesse caso, o contrato preliminar, de US$ 730 milhões, poderia alcançar US$ 1,46 bilhão a preços de tabela.

Os jatos serão configurados com 118 assentos em classe única. O início das entregas está previsto para o segundo semestre de 2008. Os aviões são ideais para que a BRA ofereça vôos entre cidades em que a demanda não permite que o trajeto seja feito sem escalas. O passageiro que quiser voar, por exemplo, entre Salvador e Curitiba normalmente precisa fazer uma escala no Rio de Janeiro ou em São Paulo antes de desembarcar na capital paranaense. Com um avião menor, a BRA poderá oferecer um vôo direto e diferenciar seus serviços dos prestados por Gol e TAM. Além da economia de tempo com o vôo direto, o avião evita ter de passar por um grande aeroporto como Congonhas, que tem apresentado graves problemas de atraso devido à saturação do espaço aéreo.

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Essa foi a forma encontrada pela empresa, em conjunto com seus novos sócios para reverter os recentes resultados ruins da BRA. No final do ano passado, Bank of America, Darby, Development Capital, Gavea Investment Fund (do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga), Goldman Sachs, HBK Investment e Millennium Americas acertaram a compra de 72% das ações preferenciais da BRA por R$ 180 milhões com a perspectiva de fazer a empresa crescer para depois levá-la a abrir capital em Bolsa. No entanto, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a companhia aérea não tem conseguido concorrer de igual para igual com as duas gigantes do setor. A BRA obteve nos cinco primeiros meses deste ano uma participação de mercado de apenas 2,97%, contra 4,58% no mesmo período do ano passado. Em muitos horários, Gol e TAM praticam tarifas mais baixas nos horários em que têm a concorrência da BRA como forma de impedir seu crescimento. Outra resposta da BRA anunciada há algumas semanas foi o fechamento de um acordo de compartilhamento de vôos com a OceanAir.

Durante a Paris Air Show, uma das maiores feiras de aviação do mundo, a BRA também anunciou o fechamento de um contrato de leasing de duas aeronaves Embraer 195 com General Electric Commercial Aviation Services. A primeira entrega vai ocorrer no primeiro trimestre de 2008. Com as dificuldades e posterior paralisação da Rio-Sul, empresa da antiga Varig, os aviões da Embraer ficaram quase de fora do mercado brasileiro de aviação comercial.

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