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Embraer: variação cambial faz posição de dívida líquida ir a R$ 2,7 bi

Ao final de junho de 2017, a companhia tinha uma posição de dívida líquida de R$ 2,188 bilhões

Embraer: endividamento da empresa atingiu R$ 15,663 bilhões ao final de junho deste ano, um aumento de R$ 1,747 bilhão (Roosevelt Cassio/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2018 às 10h01.

São Paulo - A Embraer encerrou o segundo trimestre deste ano com um caixa total de R$ 12,882 bilhões, o que implica uma posição de dívida líquida de R$ 2,781 bilhões - ou seja, piorando ante a posição de dívida líquida de R$ 2,521 bilhões no primeiro trimestre, principalmente em função da variação cambial do período. Ao final de junho de 2017, a companhia tinha uma posição de dívida líquida de R$ 2,188 bilhões.

O endividamento da Embraer atingiu R$ 15,663 bilhões ao final de junho deste ano, um aumento de R$ 1,747 bilhão (+12,5%) ante o registrado em março. Já no segundo trimestre do ano passado, a dívida da companhia era de R$ 13,934 bilhões.

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Ao final do segundo trimestre de 2018, as dívidas de curto prazo somavam R$ 1,392 bilhão, enquanto o endividamento de longo prazo totalizava R$ 14,272 bilhões.

Considerando o perfil da dívida, o prazo médio do endividamento recuou de 5,7 anos no fim de março para 5,6 anos em junho. Nesse mesmo período, a relação do Ebitda nos últimos 12 meses ante as despesas sobre os juros caiu de 2,67 vezes para 1,76 vez.

O custo da dívida em dólar ao final do junho era de 5,26% ao ano, comparado aos 5,22% a.a. ao final de março. Já o custo da dívida em reais subiu de 3,40% a.a. em março para 3,47% a.a.

A fabricante de aeronaves terminou o segundo trimestre com 12% de sua dívida total denominada em reais, ante 14% no encerramento do trimestre passado. A Embraer reforça que a estratégia de alocação de caixa da companhia continua sendo uma das principais ferramentas para a mitigação do risco cambial. Ajustando a alocação do caixa em ativos denominados em reais ou dólares, a empresa tenta neutralizar sua exposição cambial. Ao final de junho deste ano o caixa alocado em ativos denominados em dólares era de 81% (contra 79% no encerramento de março).

Para 2018, cerca de 45% da exposição em real está protegida caso o dólar se desvalorize abaixo de R$ 3,32. "Para taxas de câmbio acima deste nível, a empresa se beneficiará até um limite médio de R$ 3,75 por dólar", diz a Embraer.

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