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Eles estão por toda parte

Autopeças, equipamentos elétricos, remédios. O universo da pirataria vai muito além de CDs, softwares e calçados de grife. Veja alguns exemplos de produtos inusitados que são alvo de falsificações*:

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

PRESERVATIVOS

Desde 1997 os preservativos se beneficiam de isenção de alíquota de ICMS. A redução de imposto, porém, não conseguiu acabar com a ação dos piratas. Uma das explicações é que a isenção não teve muito impacto no preço final do produto. Um exemplo é o Jontex, da Johnson & Johnson. O preservativo ficou apenas 3 centavos mais barato. Dois anos depois do início da suspensão da cobrança de ICMS, a J&J fez a maior apreensão de preservativos falsos da marca Jontex já realizada no país. A investigação revelou um esquema sofisticado: o preservativo era fabricado na Malásia, e a embalagem, na China. A mercadoria entrava no Brasil pelo Paraguai e a partir daí um sistema de distribuição altamente capilarizado se encarregava de levar as cópias a todas as regiões do país. Encontramos um distribuidor credenciado no Paraná que também distribuía produtos falsos , afirma Ricardo Alves Bastos, diretor de assuntos legais e governamentais da J&J. Tivemos de cortá-lo da nossa lista de distribuidores.

CATALISADORES

É possível que você não conheça a utilidade dessa peça em seu carro, mas os falsificadores sabem. (Em tempo: o catalisador transforma parte dos gases tóxicos do motor em gases inofensivos.) Estimativas da Umicore, líder no mercado brasileiro, com 60% de participação, indicam que cerca de 3,5 milhões de veículos rodam hoje no país com catalisadores pirateados. Perdemos 25 milhões de reais por ano, em vendas de peças, por causa das falsificações , afirma Carlos Eduardo Moreira, gerente de marketing da Umicore.

DISJUNTORES ELÉTRICOS

Há seis anos a subsidiária brasileira da Siemens enfrenta a concorrência dos piratas. Os alvos prediletos são produtos eletromecânicos, como disjuntores elétricos. Estima-se que de 3% a 5% desse mercado seja dominado por falsificações. Os consumidores que levam gato por lebre acabam encaminhando suas queixas à Siemens. Diante disso, a empresa decidiu investir 1,5 milhão de reais num laboratório que confere a autenticidade de produtos devolvidos por clientes. Para ajudar o consumidor a diferenciar um produto falso de um verdadeiro, há quatro anos a Siemens decidiu estampar um selo holográfico nas embalagens. Cada um custa 15 centavos. Devido ao custo, determinamos que o selo só seria colocado em produtos com preço acima de 20 reais , afirma Raul Melo de Freitas, diretor-geral da divisão indústria da empresa.

VIAGRA

Carro-chefe da Pfizer no Brasil, o Viagra não escapou da pirataria. O primeiro lote de produto falsificado foi encontrado em 2001. A Pfizer já descobriu até mesmo sites na internet que comercializavam o produto, conhecido como Viagra do Paraguai . Para o consumidor, o produto falso tem dois apelos. O primeiro é o preço: chega a ser até 40% mais baixo que o do remédio original. O segundo: o produto falso é vendido por unidade o Viagra só é encontrado em cartelas de quatro comprimidos.

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