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Eike pode buscar parceiros para fabricar tablet no País

O bilionário sinalizou, ontem à noite, que pode buscar outros fabricantes além da Foxconn, apesar de já ter anunciado recentemente a intenção de se associar à companhia

A OGX, que ainda não produziu nenhum petróleo, subia 4,1% (Oscar Cabral/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 19h49.

Rio de Janeiro - A investida do empresário Eike Batista no mercado de tablets pode não vir de uma parceria com a Foxconn, empresa taiwanesa que tem planos de fabricar iPads, da norte-americana Apple, no Brasil. O bilionário sinalizou, ontem à noite, que pode buscar outros fabricantes apesar de já ter anunciado recentemente a intenção de se associar à companhia. Ele disse ainda que, para tornar viável o investimento no setor, o governo precisaria zerar impostos sobre o produto.

"Há outros grandes players, como a Samsung. Nós gostamos sempre de fazer (parcerias) com os 'número um' do mundo. Então vamos ver quem tem a melhor proposta para o Brasil", declarou o executivo à imprensa durante evento de lançamento de seu livro, O X da questão. O tom foi menos confiante do que o das declarações dadas no fim de outubro, quando Eike disse que faltaria apenas acertar o detalhamento da operação para fechar negócio com a empresa.

Em julho, a Foxconn, que já tem uma unidade em Jundiaí, no interior de São Paulo, anunciou o plano de investir US$ 12 bilhões no Brasil. Parte do montante seria aportada em uma nova fábrica, voltada à produção dos tablets. Segundo o governo, porém, ainda não há uma definição sobre qual Estado abrigará a nova planta.

Ao ser perguntado se estava mesmo decidido a entrar para o setor de tablets, Eike disse que a viabilidade da empreitada ainda depende da concessão de isenções tributárias para os aparelhos. "Hoje, com que está aí, dá para você montar, mas não (é possível) baixar dramaticamente o preço. O objetivo para dar um salto de produtividade no Brasil inteiro é levar a zero os impostos", disse o empresário.

Mercado automobilístico

Se em relação ao setor de tablets Eike demonstrou uma ponta de incerteza, o empresário admitiu o abandono do plano de entrar para o mercado automobilístico, intenção que já havia externado. O executivo, que tem negócios em setores como os de petróleo, construção naval, mineração, logística e energia, justificou que as grandes montadoras já estão no Brasil, mas lamentou o fato de o País não ter nenhuma empresa nacional atuando no setor.


Sobre as perspectivas para a economia brasileira para os próximos meses, Eike mostrou-se otimista e disse que o minério de ferro nacional é o "caviar" de que o País dispõe para se proteger das turbulências. Além disso, ele destacou a importância do mercado interno e disse acreditar que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer até 5% no ano que vem, se o País encarar de frente os gargalos da economia.

"O mundo continua precisando do que o Brasil exporta", disse. "Nosso minério é o melhor do mundo (...) Os australianos, para aumentar a produção deles, têm de comprar minério brasileiro e misturar. É só para você entender como é bom ter caviar", brincou.

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Rio de Janeiro - A investida do empresário Eike Batista no mercado de tablets pode não vir de uma parceria com a Foxconn, empresa taiwanesa que tem planos de fabricar iPads, da norte-americana Apple, no Brasil. O bilionário sinalizou, ontem à noite, que pode buscar outros fabricantes apesar de já ter anunciado recentemente a intenção de se associar à companhia. Ele disse ainda que, para tornar viável o investimento no setor, o governo precisaria zerar impostos sobre o produto.

"Há outros grandes players, como a Samsung. Nós gostamos sempre de fazer (parcerias) com os 'número um' do mundo. Então vamos ver quem tem a melhor proposta para o Brasil", declarou o executivo à imprensa durante evento de lançamento de seu livro, O X da questão. O tom foi menos confiante do que o das declarações dadas no fim de outubro, quando Eike disse que faltaria apenas acertar o detalhamento da operação para fechar negócio com a empresa.

Em julho, a Foxconn, que já tem uma unidade em Jundiaí, no interior de São Paulo, anunciou o plano de investir US$ 12 bilhões no Brasil. Parte do montante seria aportada em uma nova fábrica, voltada à produção dos tablets. Segundo o governo, porém, ainda não há uma definição sobre qual Estado abrigará a nova planta.

Ao ser perguntado se estava mesmo decidido a entrar para o setor de tablets, Eike disse que a viabilidade da empreitada ainda depende da concessão de isenções tributárias para os aparelhos. "Hoje, com que está aí, dá para você montar, mas não (é possível) baixar dramaticamente o preço. O objetivo para dar um salto de produtividade no Brasil inteiro é levar a zero os impostos", disse o empresário.

Mercado automobilístico

Se em relação ao setor de tablets Eike demonstrou uma ponta de incerteza, o empresário admitiu o abandono do plano de entrar para o mercado automobilístico, intenção que já havia externado. O executivo, que tem negócios em setores como os de petróleo, construção naval, mineração, logística e energia, justificou que as grandes montadoras já estão no Brasil, mas lamentou o fato de o País não ter nenhuma empresa nacional atuando no setor.


Sobre as perspectivas para a economia brasileira para os próximos meses, Eike mostrou-se otimista e disse que o minério de ferro nacional é o "caviar" de que o País dispõe para se proteger das turbulências. Além disso, ele destacou a importância do mercado interno e disse acreditar que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer até 5% no ano que vem, se o País encarar de frente os gargalos da economia.

"O mundo continua precisando do que o Brasil exporta", disse. "Nosso minério é o melhor do mundo (...) Os australianos, para aumentar a produção deles, têm de comprar minério brasileiro e misturar. É só para você entender como é bom ter caviar", brincou.

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